quinta-feira, 5 de maio de 2011

Zero Tolerance (Mega Drive) - 9,6

    Doom. Este jogo revolucionou o estilo dos títulos de ação em primeira pessoa tanto para o bem, ditando padrões de qualidade em games deste segmento, e para o mal, um dos “influenciadores” dos assassinos no massacre de Columbine em 1999, quando dois garotos entraram em sua escola e mataram 13 alunos e feriram 24. Desde então, muitas empresas tentaram copiar a famosa fórmula do jogo. Zero Tolerance foi um destes clones lançados para Mega Drive.
    A história deste jogo se passa nos anos 2090, consistindo em controlar um dos seis agentes da Corporação de Defesa do Planeta, que visa defender a Terra de alienígenas que querem dominar o planeta. As missões se passam na Estação Espacial, no telhado do prédio da corporação e em seu subsolo.
   O jogador deve escolher um dos seis personagens, com suas particularidades, como combate manual e precisão, e transpor certos níveis, ou andares, cheios de inimigos. Assim que todos os inimigos são mortos, o jogador deve progredir para o próximo, desta maneira até o chefe final, no último nível. No entanto, se o jogador morrer, ele poderá escolher um agente remanescente, assim até acabarem os integrantes e encerrar o jogo.
    Zero Tolerance parece complicado no início, já que é outrora difícil mirar sem o conhecido “alvo” na tela, mas isso é facilmente contornado. No mais, isso contribui bastante com a experiência do jogo, intensificada com uma boa trilha sonora e sons de disparos inspirados em armas reais – perceba que o rifle de laser soa similar a PP9 silenciada de James Bond 007: Tomorrow Never Dies, para Playstation.
     É um dos poucos jogos em 3D do Mega Drive, e uma das melhores físicas da época. Ao ser alvejado por uma arma, o jogador será arremessado para o lado oposto, com direito a cair de costas ou de frente e levar um tempo para se erguer – algo raro atualmente. Outro ponto curioso é o pique obtido depois de alguns passos, com o cenário e a arma balançando juntos. O sangue dos inimigos voa quando estes são atingidos, e escorre pelas paredes. Praticamente um simulador.
     Apesar de a ação ocorrer em uma minúscula porção da tela, o que se vê é bom. O jogador pode caminhar livremente por cenários recolhendo armas ou buscando inimigos. É adorável como a Technopop fez um trabalho tão perfeito – afortunadamente a empresa faliu e o jogo não teve mais continuações, apesar de haver um beta incompleto de Beyond Zero Tolerance.
     Zero Tolerance é um dos melhores jogos de ação dos anos 90 e é uma jóia do Mega Drive. Apesar de ser considerado apenas para um público cult, todas as idades e gerações vão gostar deste verdadeiro simulador de ação e tiroteio. Épico e inesquecível.



Porque vale a pena: Um verdadeiro simulador de ação, com a mesma intensidade dos jogos novos e as boas idéias de antigamente.
Porque não vale a pena: Parece difícil no começo.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 10
Som: 10
Enredo: 9,0
Diversão: 10

Nota final: 9,6 (quase perfeito!)

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