sábado, 30 de abril de 2011

Resultados Finais: Abril de 2011

    Como faremos em todo final de mês, exibiremos os resultados finais considerando nossas avaliações.

MELHORES JOGOS EM ABRIL DE 2011 (todos os consoles):
  1. Sonic The Hedgehog (SMS) - 9,5
  2. Pro Evolution Soccer 2011 3D (3DS) - 9,3*
  3. H.E.R.O. (Atari 2600) - 9,3*
  4. Star Fox 64 - 9,3*
  5. The Italian Job - 9,2**
Apesar de não contabilizado, The Legend of Zelda foi sexto lugar**

* Critério de desempate:
 - PES 2011 3D, Star Fox 64 e H.E.R.O. possuiam 9,3
 - Critério um de desempate: nota "diversão"
   - Star Fox 64: 9,5
   - PES 2011 3D: 10
   - H.E.R.O.: 10
 - Critério dois de desempate: nota "controle"
   - PES 2011 3D: 10
   - H.E.R.O.: 9,5

** Critério de desempate:
 - The Legend of Zelda e Italian Job possuíam 9,2
 - Critério um de desempate: nota "diversão"
   - The Legend of Zelda: 9,0
   - The Italian Job: 9,5

MELHORES JOGOS EM ABRIL DE 2011 (consoles individuais):

São aptos a disputar se possuem mais de um artigo.

 - SEGA Master System: Sonic the Hedgehog - 9,5
 - Playstation 2: Spy Fiction - 9,2
 - Playstation: The Italian Job - 9,2

PIOR JOGO EM ABRIL DE 2011:

 - Big Rigs: Over the Road Racing (PC) - 1,2

CAMPEONATO ENTRE SÉRIES - RESULTADOS PARCIAIS:

Entenda um pouco mais sobre as regras deste "campeonato" e de tudo isso.

    Agradecemos a sua leitura durante este mês, e pedimos que você nos acompanhe no próximo mês! Fique de olho no nosso cronograma e deixe sempre sua opinião!

H.E.R.O. (Atari 2600) - 9,3

     Pelo minúsculo tamanho dos cartuchos de Atari 2600, que abrigavam apenas 2KB, a possibilidade de se criar jogos de qualidade era muito limitada. No entanto, houve grandes títulos para o console, como Pitfall, Xenophobe e Dragonstomper. Mas, H.E.R.O. é um dos poucos jogos que sempre está nítido na retina de seus jogadores e fanáticos.
     Este jogo consiste em controlar um membro da H.E.R.O. chamado Roderick Hero, que deve transpor um “labirinto” com inimigos, de maneira a resgatar pessoas nestes inóspitos locais. A favor do jogador apenas um laser no capacete, para eliminar inimigos, e um limitado número de bombas, para derrubar paredes. Por mais que a idéia do jogo seja bem simples, temos aqui um grande exemplo de criatividade em desenho de níveis, com muitas armadilhas que surpreendem o jogador desprevenido.
     Controlar o herói é simples e não exige muito do jogador – é claro que no joystick do Atari 2600 a experiência pode ficar mais difícil. O visual do jogo é simples, e considerando as limitações do console, ele é aceitável, e até que belo. O gráfico é outrora inteligível: a parede de cor sobressalente deve ser explodida, já aquela que pisca deve ser evitada. E a troca de paleta de cores ao longo das missões parece renovar o visual, um fator bastante curioso.
      Uma característica visual chamativa é a capacidade de a iluminação reduzir em certas partes do percurso, aumentando, assim, o suspense do jogo – algo que, imagino eu, era raríssimo nos tempos do avô dos videogames. O som do jogo é bom, principalmente as explosões e o som da hélice em funcionamento. A dificuldade está na medida, sem prejudicar a diversão por ser muito fácil, nem por ser difícil.
       Em linhas gerais, H.E.R.O. é um grande jogo. Tenho certeza absoluta de que este título pertenceu ao passado de milhares de pessoas, e por certo virá a entreter aquele fã de jogos de aventura e plataforma, seja de qualquer geração for. É um clássico, portanto, eterno.


Porque vale a pena: Uma dificuldade divertida, que, ao perder todas as vidas, dá a vontade de fazer de novo e ir mais longe.
Porque não vale a pena: Depois de muito tempo torna-se repetitivo.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
Ideia: 10
Diversão: 10

Nota Final: 9,3 (excelente)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

World Cup Carnival (C64) – 5,0

     Sócrates, Careca, Branco, Müller, Zico, Casagrande e Falcão. Esta era a equipe brasileira na Copa do Mundo de 1986 realizada no México. Apesar do grande elenco canarinho, caímos diante da França nas quartas-de-finais nos pênaltis. A seleção argentina, praticamente levada nas costas por Diego Maradona, sagrou-se campeã diante da Alemanha Ocidental. Mas, não foi só o gol de mão de Dieguito diante da Inglaterra que marcou aquele torneio. Era a primeira vez que uma Copa do Mundo tinha um jogo oficial para videogames.
     World Cup Carnival foi lançado para Commodore 64. Mas, por ostentar o título de ser um jogo oficial do Mundial, o principal campeonato de futebol do mundo, não é um bom título de futebol – imagino que o melhor jogo deste esporte neste console foi Micropose Soccer.
     O visual do jogo não é tão competitivo com os consoles da época, como o NES. Mesmo para aquela época os gráficos parecem bem ruins. Outro detalhe crítico é a baixíssima noção de física que os desenvolvedores deste jogo tinham: saltos que dariam inveja em qualquer atleta olímpico, física exagerada e uma bola que se move fora da realidade. Outra falha é a inteligência artificial dos adversários, que roubam a bola e mal sabem o que fazer com ela.
     A trilha sonora consegue colocar crianças para dormir e deixa mais tedioso o jogo. Talvez o seu tema circense tenha direta relação com o nome “Carnival” do título. E se há, foi uma péssima idéia. Os controles parecem difíceis, e requerem muita pratica. Tornam a experiência ainda mais penosa.
     Para piorar a situação do jogo, de Copa do Mundo tem apenas seu nome. Você pode controlar apenas dez equipes, e o formato do “Tournament” não segue o modelo de torneio oficial do campeonato. Um jogo ruim do começo ao fim, inclusive sua capa, onde possui uma bandeira do Fluminense pendurada ao fundo. Agora, o que o Flu tem de ver com Copa do Mundo... (O goleiro Paulo Vitor e o zagueiro Branco foram os convocados do time)
     Finalizando as contas, podemos concluir que World Cup Carnival foi um fiasco, e que só deve fazer parte de sua coleção caso você conheça alguém que te mande a imagem da ROM por e-mail. Felizmente, em 1990, a história foi diferente nos jogos de videogame. Mas para a nossa seleção...

Já que não encontramos o video do jogo, nem pudemos gerar um, encontramos uma coletânea de vídeos com jogos de futebol para Commodore 64. Considere assistir o vídeo a partir de 06:28.

Porque vale a pena: É Copa do Mundo, e deve estar faltando em sua coleção.
Porque não vale a pena: Não é um jogo de futebol. É apenas uma tentativa.

Notas:
Controles: 7,0
Gráficos: 4,0
Som: 2,0
Licenças: 8,0 (considerando que o torneio não foi fielmente representado)
Diversão: 4,0

Nota final: 5,0 (ruim)

Sonic the Hedgehog 2 Beta (Mega Drive) - sem conceito

     Apesar de que nosso blog mantenha uma ordem cíclica sobre as séries de videogame, tendo reviews publicados ordenadamente por Sonic, The Legend of Zelda, Mario, FIFA e Pro Evolution Soccer, faço uma exceção para tratar sobre um protótipo do jogo Sonic The Hedgehog 2. Ele foi divulgado pela primeira vez no site Hidden Palace, conhecido por publicar vários protótipos de jogos, alguns até que não chegaram as prateleiras.
     Sonic 2 Beta, como chamado pelos fãs, trás alguns detalhes curiosos sobre este jogo. A primeira coisa a ser percebida é que a segunda aventura do ouriço foi montada a partir do primeiro título, como se a SEGA tivesse apenas alterado o título e as fases, mantendo o motor de jogo e alguns desenhos. Nenhum demérito, já que a engine teve leves alterações até o produto final.
     Outro interessante detalhe é a capacidade de Sonic ser projetado para trás quando acerta uma parede ou obstáculo, em alta velocidade. Isso não se encontra no cartucho final. Esta característica só veio a ser utilizada novamente em Sonic Heroes, mais de dez anos depois.
      Mas, o que mais chama a atenção dos fanáticos é o número de fases que o protótipo possui, que o levaria a ter o dobro da duração. Afortunadamente, grande número das missões estão incompletas, sendo que algumas sequer tem dados, levando o protagonista a morte automática. A mais conhecida é Hidden Palace, quase completa, com inimigos exclusivos ao nível. A explicação da fama deve-se talvez por estar no jogo final, disponível através de um código – tendo, no final, música própria (logo abaixo) e um infame monitor de vida do Tails.
     Apesar de incompletos, me fascino por protótipos. E tenho orgulho de ter jogado estes. É simplesmente o mais primitivo momento do processo de produção de um jogo. Mesmo sendo beta, tem a qualidade de um “candidato à lançamento”.

 

   Por regra, GamePalaceReviews não dá nota à protótipos que possuem fases incompletas ou em processo de modificação de engine, ao menos que o jogo não tenha sido lançado.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

The Legend of Zelda (NES) - 9,2

     Recentemente, o site G4tv.com fez uma votação entre seus internautas e membros, indagando qual seria a melhor franchise dos videogames. Apesar de uma grande disputa com a série Starcraft, a série The Legend of Zelda venceu nos dias finais da enquete – convenhamos, com toda a justiça. Mas, os fãs novatos podem não saber como esta grandiosa série começou.
    O primeiro jogo da série foi lançado em 1986 para Famicom Disk System e NES, em que o jogador, como nos outros jogos, controla o jovem Link, destinado a encontrar os oito fragmentos de uma peça chamada Triforce, que constituem três triângulos dourados, remontá-los e resgatar a princesa Zelda do vilão Ganon. Os “nintendistas” podem achar a história um pouco semelhante a de Super Mario Bros., feito um ano antes.
    Legend of Zelda é bastante estranho no começo. Como jogador, fiquei alguns minutos perdido, me perguntando para onde deveria ir, o que fazer. A principio, o jogador deve obter a espada na entrada e começar a recolher itens e fazer um pouco de arsenal e explorar o local. Um bom guia na internet é recomendado.
     Pela limitação de um cartucho de oito bits, muitos itens no jogo usam a mesma sprite, com uma paleta diferente – basicamente a mesma fotografia com coloração modificada. Talvez por isso os gráficos pareçam bem repetitivos no decorrer do uso. Manipular Link pelos cenários não é uma árdua tarefa, assim como o combater seus adversários. Afortunadamente, parece complicado no começo esquivar-se dos ataques adversários. Um pouco de costume é necessário.
    Com relação a trilha sonora, pouco posso falar, já que raramente escuto os sons emitidos por alguns videogames – geralmente escuto outras músicas. Mas, isso pode evidenciar a sua qualidade: muitos dos sons tocados no jogo não usados nas edições mais recentes do título, assim como o som de moedas da série Mario e dos aneis de Sonic.
    Por fim, podemos concluir que The Legend of Zelda é um jogo bom, apesar das dificuldades iniciais, não tão divertido quanto a época mais recente da série. Se você é um verdadeiro fã da série, recomendados que jogue este título para conhecer como a série começou e o que ela herdou. E se está conhecendo Zelda agora, vale à tentativa. A chance de você se tornar um seguidor das aventuras de Hyrule é grande.



Porque vale a pena: Um controle simples e uma história interessante. E, acima de tudo, é o início da maior franchise dos videogames.
Porque não vale a pena: O jogador fica um pouco perdido no início.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 9,0
História: 10
Diversão: 9,0

Nota final: 9,2

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Star Fox 64 (N64) - 9,3

    Shigeru Miyamoto é o responsável pela criação e produção das séries mais famosas da Nintendo e dos videogames, como Super Mario, Donkey Kong, Nintendogs e Legend of Zelda. Uma das séries não tão conhecidas feitas por este gênio japonês é Star Fox, que teve sua primeira aparição em 1991, no título homônimo lançado para Super Nintendo. Era um jogo revolucionário, fazendo uso do chip SuperFX, que gerava gráficos em 3D no SNES.
    Star Fox 64 trata sobre uma equipe militar, composta de simpáticos animais antropomórficos, que terá de defender Corneria, sua terra natal, e o sistema Lylat das forças de Andross. O jogador controla o capitão da equipe, Fox McCloud, a bordo de uma nave para combates moderna. O jogador percorrerá certos níveis, a fim de eliminar as naves adversárias e pensar rápido em certas situações de perigo. O título permite que o jogador escolha o caminho que quer seguir até o vilão final, encarando desafios diferentes em cada rota.
    O jogo possui um controle simples e fácil de usar, garantindo a diversão rapidamente. Ele faz uso dos direcionais do controle, não tão utilizados nos títulos lançados para o console, permitindo, dentre outras habilidades, aumentar e diminuir a velocidade e fazer acrobacias, como a clássica “cambalhota do barril”, dita por Peppy Hare ao longo do jogo, que tornou-se um meme na internet.
    O visual é o grande atrativo do jogo, com belos detalhes nas aeronaves, nas explosões e nas texturas, como os asteróides e a água, por exemplo. O jogador, ainda, pode optar por ter a visão do cockpit da nave, dando uma profunda experiência de ter o limitado campo de visualização do piloto.
    A dublagem é boa, salvo o personagem Slippy Toad, que possui uma voz bastante infantil – muitos questionam sua sexualidade pela sua voz. O jogador pode optar pelo cômico idioma usado no ambiente do jogo, o Lylat, que é nada mais do que uma distorção da dublagem em inglês. A trilha sonora deixa um pouco a desejar, mas algumas músicas tocadas ao longo dão uma sensação de suspense, que torna-o bem mais tenso em casos extremos.
    Portanto, Star Fox 64 é um grande jogo e marcou a história não só da gigante Nintendo. Este título tem excelente “jogabilidade”, uma grande história e seus simpaticíssimos personagens, que simplesmente definiu padrões ao modelo de combate aéreo.




Porque vale a pena: A história é bem interessante e seu controle é simples, antecipando a diversão.
Porque não vale a pena: Torna-se repetitivo, principalmente depois de finalizado.

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 9,0
Som: 9,0
História: 9,0
Diversão: 9,5

Nota final: 9,3

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pro Evolution Soccer 2011 3D (3DS) - 9,3

     O futebol eletrônico começou na metade dos anos 80, com o Pelé’s Soccer para o clássico Atari 2600. Mas, os jogos de futebol começaram a evoluir a partir de 1990, quando foram lançados Sensible Soccer, International Superstar Soccer (atual PES) e FIFA, todos possuindo versões para Mega Drive. ISS cativou seu público pelo seu controle fácil, e isso tornou-se uma palavra de ordem na gigante japonesa KONAMI. E Pro Evolution Soccer 2011 3D segue esta lei.
    O jogo possui a UEFA Champions League, a UEFA Europa League, a Copa Santander Libertadores e a UEFA Supercup, além de todos os times das principais divisões da Inglaterra, França, Itália, Holanda e Espanha. Corinthians, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro e Internacional de Porto Alegre são os times brasileiros licenciados nesta versão. A Master League possui algumas funções que simulam um time de futebol real, apesar de que não tão bem quanto seu rival FIFA com “Manager Mode”.
    PES 2011 3D herda muitas características da versão de Playstation 2 para PES 2011, sendo, portanto, bastante familiar para aqueles que ainda tem este console. Portanto, os controles são ótimos, fáceis e fluentes, fazendo a experiência mais simples e divertida. A narração do jogo parece repetitiva de vez em quando, mas é suficiente para melhorar a qualidade do jogo. A torcida não possui seus cânticos oficiais, mas empolga quando uma bola passa próxima a trave, ou quando um jogador é expulso. A trilha sonora não é das melhores, apesar de contar com grandes bandas como Phoenix, Keane e Destine.
     O visual é excelente, com gráficos bem realistas para o portátil. Podemos ver detalhes do gramado e dos rostos dos jogadores. Eles não rivalizam com os gráficos que vemos nesta geração de videogames, como Playstation 3 ou X-Box 360, mas, como todos gamers experientes dizem, “gráfico nem sempre é tudo”. Mas que tem sua parcela de importância isso é certo.
     PES 2011 3D é um bom jogo, e com certeza agradará os sortudos proprietários do novo Nintendo 3DS. Ele não pode ter tantas licenças quanto FIFA, mas, se você busca um futebol simples, visualmente agradável e divertido, encontrou o título que buscava.



 
Porque vale a pena: PES 3D possui vários campeonatos licenciados, inclusive a Libertadores da América.
Porque não vale a pena: É uma pequena adaptação do que é o PES 2011 para PS2, sem muitas novidades.

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 9,5
Som: 8,5
Licenças: 8,5
Diversão: 10

Nota final: 9,3 (excelente)

As pérolas dos videogames

    Não é comum que jogos de videogames cheguem no Brasil no nosso idioma, por exceção do Zeebo, videogame brasileiro, desenvolvido pela TecToy. Recentemente, a KONAMI decidiu lançar uma versão em português brasileiro de sua série de futebol, Pro Evolution Soccer, com narração de Sílvio Luiz e comentários de Mauro Beting. Portanto, erros são difíceis de acontecer, e alguns em inglês passam despercebidos diante de nossos olhos.
    “All your base are belong to us” é uma frase destacada de uma PÉSSIMA sequência de traduções feitas do japonês para o inglês, de um jogo chamado Zero Wing, para Mega Drive e TurboGrafx-16. Esta frase seria traduzida como “toda suas base são pertence a nós”. Tal fenômeno é chamado por gramáticos que falam inglês como “engrish”. O título ainda coleciona frases clássicas como “you have no chance to survive make your time” (Você não tem chance de sobreviver faça seu tempo) e “somebody set up us the bomb” (Alguém armou nós a bomba).
    Outro clássico exemplo é o infame troféu “YOU’RE WINNER! !” do fraquíssimo jogo Big Rigs: Over the Road Racing, para computador, equivalente a “VOCÊ É VENCEDOR!” no português. Apesar de que pareça uma frase motivacional da UNICEF, em inglês, carece a palavra THE entre as duas da frase. Stellar Stone, mais tarde, substituiu por “YOU WIN” (“você ganhou!”), nada que tapasse a grande desgraça que foi Big Rigs.
    “A winner is you” é outro mal exemplo de tradução do japonês para o inglês, atendendo como “um vencedor é você”. Esta pérola foi citada em Pro Wrestling, do Nintendo Entertainment System. Esta frase foi parodiada em vários jogos como Mario & Luigi: Bowser’s Inside Story.
    The Legend of Zelda, primeiro jogo desta famosíssima série da Nintendo, lançado para Famicom Disk System e NES em 1986, contou com vários erros de tradução. Um dos personagens do jogo, Old Man, é conhecido por suas frases com sentido vago, como “Dodongo odeia fumaça” ou “Digdogger odeia certos tipos de som”. A lista de itens no menu diz “all of treasures”, sendo que o “of” deveria ter sido omitido. Uma clássica frase é dita por Old Woman, que fala “Up, up, up, the mountaintop”, que poderia ser melhor escrita como “up the mountain ahead”.
    Um erro mais recente e pequeno comparado aos mostrados aqui, o jogo Super Mario 64 possui um erro de gramática sério em inglês. Quando o protagonista encontra-se com Yoshi no telhado do castelo, o animal diz: “Mario? It that you?”. Este it está errado na frase, já que este pronome é utilizado apenas para animais e objetos inanimados. O correto seria o uso de “He”.
    E para encerrar esta divertida lista, um erro clássico em Pro Evolution Soccer 2010, na versão em português. Ele ocorre durante os treinos passo a passo, precisamente quando o jogador falha ao completar o objetivo do treinamento. Um barra é mostrada, com a inscrição “faihov”. Isso foi uma má grafia do tradutor para “falhou”. (Ele falhou...)
    Mas, não são os erros de gramática ou ortografia que vêm a prejudicar os jogos. Exemplos como The Legend of Zelda só provam que estes são detalhes divertidos e que fazem o jogador mais atento testar seu inglês. Na pior das hipóteses, podem virar motivo de piada e tornarem memes. Não muito além disso.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Big Rigs: Over the Road Racing (PC) - 1,2

    Semana passada fizemos o review do jogo E.T., para Atari 2600, considerado por grande da imprensa como o pior jogo da história dos videogames. No entanto, passei a pesquisar por outros títulos que fossem ruins em um passado recente, que conseguisse ser pior do que o simpático alienígena de Spielberg. E apesar de que ter imaginado que minha pesquisa seria em vão, Big Rigs apareceu diante dos meus olhos.
     A capa do jogo fala que o jogador deverá entregar uma carga ilegal pelos Estados Unidos, com a polícia em sua retaguarda, em busca de prender o motorista meliante. No entanto, após alguns minutos gastos com a instalação, percebe-se que o este título trata-se de uma simples corrida entre caminhões com pilotos bem lesados, que mal sabem o que estão fazendo sentados no banco do pesado veículo. Nada de polícia. Nada de carga ilegal. Mas, dos males, este é o menor.
     Além do jogo travar aleatoriamente, Big Rigs permite que o jogador atravesse prédios, casas e qualquer parede de alvenaria sem sofrer dano, sem perder velocidade. A situação piora quando você pode escalar paredes de 90 graus sem perder velocidade. E, para completar o pacote da patifaria completa, você poderá alcançar a inacreditável velocidade de até um bilhão de quilômetros por hora, dando simplesmente marcha ré. E outro detalhe curioso é que Big Rigs não reconhece se você está passando a faixa de início para começar ou para finalizar, terminando a corrida outrora poucos segundos que começou. Grotesco.
     Mas toda esta calamidade em forma de jogo tem uma teórica explicação: a empresa ucraniana Stellar Stone decidiu lançar um jogo em pré-alpha, estágio de desenvolvimento em que pouquíssima coisa foi feita. O motivo pelo qual este lançamento foi apressado pela produtora, não se tem a mínima ideia.
     Se esquecermos estes detalhes, que, convenhamos, são bem dificeis de esquecer, o título é bastante limitado: apenas quatro caminhões para correr em três pistas - a quarta e a quinta, disponíveis no jogo, travam o computador e obriga o jogador a reiniciar. Suas telas de loading, pelo pouco trabalho feito, demoram muito. E além disso, Big Rigs não permite que o jogador configure o seu joystick, obrigando-o a usar o não tão confortável teclado. E para acabar de vez com a "jogabilidade", o controle do jogo resume-se as setas à sua direita, péssima combinação de teclas.
     A trilha sonora é repetitiva e chata e os caminhões tem barulho de carros modernos silenciosos. O visual não ajuda, já que parte das árvores e postes foram feitos na chamada técnica "billboard 2D", onde o elemento lembra uma "folha de papel", e estará sempre virada para o jogador. A textura dos automóveis é muito barata, o posicionamento das lanternas encontra-se fora do caminhão e o HUD fica para fora de seu lugar. Sem contar as coordenadas XY do jogo, característica de um jogo em estado de desenvolvimento. Um serviço muito malfeito, talvez porque nem terminado estava.
    E não podemos esquecer do clássico e infame troféu exibido ao fim do jogo, após a inevitável vitória, com as inscrições "YOU'RE WINNER!", traduzindo ao português como "você é vencedor" - nota-se a carência do artigo "o". Aquele que entende um pouco o idioma anglófono deverá notar que há a falta da palavra "THE" no meio da sentença. (Você verá mais erros de ortografia em videogames no próximo artigo).
     No resumo final desta verdadeira calamidade, Big Rigs é um jogo terrível, que não vale a pena gastar o mínimo de seu tempo. Stellar Stone fez um péssimo trabalho, e provavelmente teve esta certeza no dia em que o título chegou as prateleiras estadunidenses. Este título será bem lembrado pela história, e não por méritos.


Porque vale a pena: É engraçado ver como seu jogo, apesar que pareça irritante de vez em quando, não é tão ruim quanto este.
Porque não vale a pena: Do começo ao fim, uma grande porcaria.

Notas:
Controles: 1,5
Gráficos: 3,0
Som: 1,5
Ideia/Conceito: 0,0
Diversão: 0,0

Nota final: 1,2 (YOU'RE WINNER ! !)

domingo, 24 de abril de 2011

E.T. (Atari 2600) - 3,9

   Ao perguntarmos a qualquer gamer que entenda bem de videogames qual é o melhor jogo da história, ele ficará alguns segundos pensativo, e responderá desde um sonoro "não sei" até um grande lista de bons - e não tão bons - títulos para várias plataformas. Mas, se prontamente perguntarmos qual é o pior jogo da história, fora a opinião dela, ele poderá citar E.T.
    E.T. foi um jogo lançado para Atari 2600 em 1983, que tinha grandes chances de sequer ter saído do high concept: cinco semanas para terminar, com uma equipe composta apenas por uma pessoa (apesar de que isso era comum) e um console com poucas possibilidades para grandiosas ideias. Além disso, o jogo foi reprovado pessoalmente pelo diretor do filme, Steven Spielberg. Era uma tragédia anunciada.
    O jogador controla E.T., que tem como objetivo buscar pedaços de um telefone espalhados no cenário do jogo. Ao longo do caminho, o protagonista deverá escapar de médicos e agentes do FBI que tentarão o capturar, e de buracos - o maior problema do jogo. Ao recolher todas as peças, o alienígena realiza sua ligação e deverá retornar ao local de onde começou para voltar a sua terra.
    Este jogo não seria de todo mal se não fosse os já falados buracos. Por estarem mau dispostos ao longo do cenário, o jogador facilmente cairá nestas armadilhas, e isso por várias vezes, e terá que gastar mais seis segundos saindo - se não caindo novamente, logo após ter saído. Isso atrasa o jogo. Torna ele muito irritante. Este buraco estará ali, e dará frações de segundo para evitá-lo.
    Outro péssimo ponto é a qualidade gráfica. A cidade possui apenas três prédios: dois casas e uma representação de alguma arquitetura grega. A floresta é nada mais do que uma combinação de verde claro e escuro, e os malditos buracos são na verdade grandes borrões com jaggies sangrentos aos olhos. Sei das limitações do "vovô dos videogames" Atari 2600, mas, River Raid ou H.E.R.O. tinham algo visualmente mais agradável. Ponto curioso: o desenho do protagonista na tela de início gastou quase todo o espaço do cartucho de 2KB, resultando nisso que estamos vendo.
    O tema de abertura do jogo emula o tema do filme, no entanto, com apenas três notas - veja por exemplo o primeiro James Bond, do mesmo console, que representava bem o clássico tema do espião. O som do alienígena caindo no buraco é, com certeza, o mais traumático da história dos videogames - geralmente precedido de "de novo?" e de algum palavrão.
    Controlar o heroi não é complicado, mas, se você quiser fazer que E.T. ande um pouco mais rápido, o que é bastante aceitável, prepare-se para cair várias vezes nestes buracos, sem possibilidade de desviar destes. Outra péssima característica com relação à controles fica por conta de ter que guiar o simpático personagem no lado externo do buraco. Se mal feito, você retornará para seu interior, pontos serão perdidos, sua paciência se esgotará.
     Em linhas gerais, E.T. foi uma boa ideia em um jogo muito ruim. E não digo isso porque estou sempre ligado aos jogos atuais, e vejo os gráficos antigos como feios. Pelo contrário, acho que esta foi a forma para os jogos que temos hoje. Olhando para eles, os desenvolvedores de jogos veem (ou deveriam ver) o que deu certo e o que deu errado. Mas, se para você, qualquer jogo de Atari ou Colecovision, seja ele um Keystone Keypers ou E.T., é ruim, você deveria aprender a ver os jogos não pelo visual, mas sim pelo que ele diverte, ou divertiu. E este, nesta parte, fracassou.

VEJA NOSSO VÍDEO DE GAMEPLAY NO YOUTUBE:

PS: A primeira música, com temática de circo, foi usada intencionalmente.
Porque vale a pena: ... (Spielberg deve ter pensado o mesmo)
Porque não vale a pena: Por tudo.

Notas:
Controles: 2,0
Gráficos: 5,5
Som: 6,0
Ideia: 6,0
Diversão: 0,0

Nota final: 3,9 (um verdadeiro fiasco!)

Os Piores Jogos da História retornarão... infelizmente.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Spy Fiction (PS2) - 9,1

    A espionagem foi uma febre da arte durante o período da Guerra Fria, onde soviéticos e estadunidenses buscavam, ao máximo, conseguir informações sobre tecnologia do adversário. Isso resultou a ascensão de "James Bond" e "Missão: Impossível". Portanto, muitos seriados, livros e filmes a copiar esta fórmula de grande sucesso. Mais tarde, estas reproduções chegaram ao mundo dos videogames.
    Spy Fiction, desenvolvido pela Sammy Studios e SEGA em 2003, conta a história de um grupo de agentes que investigam uma companhia farmacêutica, que pode estar construindo uma arma biológica. Este enredo é bem interessante, e desenvolve bem ao longo do jogo, tendo direito até a parte em que os protagonistas se encontram em maus lençois.
    Os controles primários são simples - bem mais fáceis que Resident Evil 4 - e tranquilos, e ainda com a adição da mira automática e da possibilidade de se cobrir em paredes, que dinamiza o jogo e aumenta a realidade dos combates. Já os movimentos mais complicados necessitam de tempo para ser aprendidos, apesar de que se o jogador já tem uma certa experiência com jogos de ação, dominará este campo facilmente.
    Visualmente o jogo é convincente. As cenas do jogo que ocorrem na América Latina, que relembram um grande pântano da Floresta Amazônica, são belíssimas para a época do jogo. No entanto, um pequeno pecado no jogo é a carência de Motion Capture em certos pontos, como nas animações em que o protagonista corre para uma parede e se encosta, para escutar o rádio - e se foi feito, não teve qualidade. A trilha sonora do jogo é boa, apesar de que isso não influencie sua qualidade diretamente.
     Em suma, Spy Fiction é um bom jogo, divertido do começo ao fim. Ele é ótimo para os fãs da série Missão Impossível e daqueles que querem aproveitar algo semelhante a James Bond. E se você olhar bem afundo deste título, perceberá grandes referências a estas pérolas. Um apanhado do que há de melhor nos filmes de espionagem.


Porque vale a pena: História interessante e uma ótima jogabilidade.
Porque não vale a pena: O visual parece ultrapassado.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 9,0
História: 9,5
Diversão: 9,0

Nota final: 9,1 (excelente)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Boatos sobre Pro Evolution Soccer 2012 agitam fãs brasileiros

    Boatos na internet afirmam que o jogo Pro Evolution Soccer 2012, que será anunciado em Agosto, terá a Copa Sulamericana, segundo maior campeonato intercontinental das Américas, com todas as equipes licenciadas. Este seria o quinto campeonato internacional registrado do PES, juntamente da UEFA Champions League, da UEFA Europa League, UEFA Supercup e da Copa Santander Libertadores.
    Outras fontes ainda dizem que os times destes campeonatos estarão disponíveis para serem usados na Master League, principal modo do jogo, permitindo que times europeus e americanos disputem mesmas ligas e campeonatos. Mas ainda são escassas as informações, e nada pode ser confirmado. E de quebra, outras informações dizem que a KONAMI estaria buscando conseguir a licença do Campeonato Brasileiro.
    Mas, a Game Palace Reviews, uma instituição séria como ela é, pede para que você, leitor, tenha calma os ler estas informações. Estas informações podem não proceder, já que não vieram de fontes oficiais. Nós devemos repercutir a informação, mas, em minha opinião, DUVIDO MUITO QUE SEJA VERDADE. A maneira com a qual ela foi escrita diminui a credibilidade da informação (veja você mesmo). E a KONAMI está trabalhando em silêncio. Como uma informação dessas chegaria a boca da "imprensa" tão fácil? Resta a nós aguardar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sonic The Hedgehog (SMS) - 9,5

    A pessoa mais leiga sobre video-games, com muita certeza, deve conhecer estes dois personagens: Mario e Sonic. O primeiro, criado pela primeira vez em 1981, é a mascote da Nintendo, sendo o carro-chefe de todos os videogames que a sua empresa criou. Já Sonic, criado dez anos depois, é o personagem da SEGA, que vem passando por um não tão bom momento na sua história.
    Se o momento atual de Sonic não é dos melhores, olhemos para onde começou tudo: Sonic The Hedgehog, lançado em 1991. Desenvolvido para várias versões, a que possui mais destaque é, com certeza, aquela lançada para Master System. Este jogo viera na memória de alguns Master Systems lançados aqui no Brasil, principalmente as gerações mais novas do console - a minha, no caso.
    O jogo conta a história de Sonic, um destemido ouriço azul que percorre certos lugares, eliminando robôs desenvolvidos pelo malévolo Dr. Robotnik, para liberar seus amigos do seu interior, e recuperar as Esmeraldas Caóticas, roubadas pelo doutor. Simultaneamente, o herói confronta-se com o cientista maluco e busca acabar de uma vez com as más intenções dele.
    Logo que o jogador assume o ouriço, poderá perceber a grande velocidade que o jogo possui. E esta velocidade, justamente, faz que o jogador corra e, outrora, acabe caindo em armadilhas, como inimigos, bottomless pits e os famosos espinhos. E isso torna o jogo dinâmico, exigindo suas habilidades e reflexo ao transpor certas localizações.
    O controle é fácil e amigável, fazendo este título fluente para todas as idades, sejam crianças ou adultos. O visual e o som não são bons, mas são satisfatórios levando em conta quanto divertido é, e acabam por fazer a menor diferença.
     Levando em conta que este jogo fez parte da infância de muita gente - como a minha, sendo o primeiro que eu joguei em minha vida - e daquele que não inseria o cartucho corretamente via o ouriço balançando sua mão, com a sua música característica, este jogo merece entrar para a seleta lista dos melhores jogos da história. Com todo mérito.

VEJA NOSSO VÍDEO DE GAMEPLAY NO YOUTUBE:




Porque vale a pena: Divertidíssimo jogo, com controle fácil e fases memoráveis. Uma pérola dos videogames.
Porque não vale a pena: Não tem valor de replay, ou seja, diminui o interesse a cada vez que você o termina.

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 9,0
Som: 9,0
História: 9,5
Diversão: 10

Nota final: 9,5 (excelente)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

The Italian Job (PS1) - 9,2

    Certas franquias que deram certo no passado podem não ter uma vida longa nas novas gerações. Temos, por exemplo, a série de grande sucesso Tomb Raider, que passou por maus momentos no Playstation 2. De maneira similar, a mascote Sonic vem passando por um período de renovação, após um má sequência de jogos, sendo que um deles ganhou o prêmio de pior jogo do século.
    O enredo é baseado no filme homônimo lançado em 1969. No entanto, você deve conhecer o remake de 2003, lançado no Brasil sob o título de "Uma Saída de Mestre", com Mark Wahlberg. Esta versão ganhou um jogo para Playstation 2, que, obviamente, não foi tão bom quanto estea versão. O jogo conta a história de uma gangue que evolui lentamente ao longo do jogo, preparando-se para um grande assalto a banco.
     Diferentemente dos jogos convencionais, poucas missões não tem seu objetivo não ligado ao tema principal do enredo - Driver, por exemplo, tinha muitas fases não ligadas ao seu foco. Isso torna a história um atrativo, e é bem interessante ver sua gangue crescendo com o que se consegue. O estilo sandbox, com a possibilidade de se explorar a cidade inteira, com direito a pontos turísticos, como o gigante Big Ben e a estação King's Cross só torna o jogo mais completo e profundo.
      O visual da cidade, no entanto, parece bem borrados e diminuem a qualidade da experiência. Não podemos dizer o mesmo dos veículos dirigidos pelo jogador, com texturas bonitas e um belo efeito que representa o reflexo do carro. E por este arrojo nos veículos, a frame rate cai muito em lugares carregados, tornando a experiência do jogo ruim. Isso prejudica muito no sentido de você aprender a fazer curvas em 30FPS e tentar repetir o movimento em 60FPS.
     Apesar disso, o jogo possui pontos fortes. Além do seu enredo interessante, os controles são quase parecidos com aqueles que conhecemos no Driver. Eles são fáceis de aprender e se usar. Isso tornam as corridas pela cidade londrina muito divertidas. E, somado ao número de modos de jogo, como derrubar vários cones em sequência, percorrer trechos da cidade em menor tempo possível e adentrar um circuito com várias plataformas, a diversão é garantida por um bom tempo.
      Diferentemente do seu sucessor, The Italian Job é um jogo que pode até ter passado apagado no console, mas, ele é um joia renegada em várias coleções, e tenho certeza que faz parte da lista de favoritos de muitos - como a minha.

Porque vale a pena: História interessante e controle de fácil aprendizagem.
Porque não vale a pena: Queda muito grande de FPS ao longo do jogo que prejudica a experiência



Notas
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
História: 10
Diversão: 9,5

Nota final: 9,2 (excelente)

sábado, 16 de abril de 2011

Chapolim vs. Drácula: Um Duelo Assustador (SMS) - 8,7

    Advice: If you are from anywhere else expect Brazil, this review is also related to Ghost House, because this is the Brazilian version with the character Chapolin.

    "Não contavam com a minha astúcia!". Esta frase foi pronunciada pela primeira vez em 1970 pelo genial humorista mexicano Roberto Gómez Bolaños. Ali nascia o Vermelhinho, o Chapolin Colorado. Divertido, trapalhado e medroso, o heroi latinoamericano conquistou o mundo inteiro com suas piadas de efeito e seus pastelões divertidíssimos. E, como todo grande personagem, ele virou o protagonista de um videogame.
    Chapolim vs. Drácula, escrito estranhamente com "M" de "Monchito", conta todo o caminho feito pelo protagonista por uma casa assombrada, para confrontar-se com o destemido Drácula. O jogo não segue fielmente as histórias do Polegar, mas conta com características diretamente ligadas ao personagem e sua série, como a marreta biônica e suas frases características.
    Controlar o heroi não é uma tarefa fácil. O controle parece duro no começo, nada que um jogador empenhado não possa se adaptar aos movimentos do direcional do Master System. E requer bastante empenho. Mas, afinal de contas, é o único jogo oficial de todo o Chespirito, fora aqueles disponíveis no site do McDonalds, que não passam de puzzles de fórmula conhecida, e não devemos fazer desfeita logo no primeiro minuto.
     Os gráficos e a engine do jogo são reaproveitadas do jogo Ghost House. Basicamente, seria uma "hack" da TecToy, substituindo os créditos iniciais pelos da empresa brasileira, fazendo algumas mudanças nas telas principais e mudando a "sprite" do protagonista sem nome de GH para Chapolin. Os gráficos não são tão borrados quanto aqueles da época, mas temos que aclamar o ótimo trabalho feito por algum desenhista da TecToy ao fazer Chapolin na abertura.
     Um falha cometida pela TecToy foi não recriar a música de Chapolin na abertura. É claro que não seria uma qualidade incrível, mas seria uma ótima referência. Mas, isso é apenas um detalhe, comparado a este bom jogo que estamos vendo.
     O jogo em si não é muito divertido, mas que agrada os fanáticos por Chespirito e sua turma. E se você terminar este jogo sem morrer um vez, levante-se do chão, vá na calçada da sua rua, faça a posse de Chapolin e grite bem alto: "não contavam com a minha astúcia!"

Porque vale a pena: Chapolin. A palavra diz tudo.
Porque não vale a pena: Os controles são dificeis no começo e desanimam um pouco.



Notas:
Controles: 8,5 (suspeitei desde o princípio)
Gráficos: 9,0 (eu acho...)
Som: 8,0 (se aproveitam de minha nobreza)
História: 8,5 (bem, como diz aquele velho e conhecido ditado...)
Diversão: 9,5 (não contavam com minha astúcia)

Nota Final: 8,7 (bom)

Pepsiman (PS1) - 6,0

    Todos nós sabemos que a propaganda é a alma do negócio. Sem ela, ninguém conhece o que você está vendendo. E, somado à eterna febre de video-games, isso pode resultar em duas coisas: os advergames, feitos geralmente em Flash, que se encontra em qualquer propaganda na Internet, ou uma completa catástrofe. Pepsiman é um notável exemplo do último.
     O jogo conta... digamos, esta parte não existe. A história não tem pé, nem cabeça. "Corra, beba Pepsi!" é o que dá para se escrever aqui. Em todas as cutscenes em live-action, você verá um obeso americano consumindo o tal refrigerante. E, em uma troca repentina de visão, o jogador controla um musculoso atleta com vestimentas de heroi, nas cores e moda Pepsi, correndo por ambientes urbanos, seja pegando latas, ou fugindo de uma gigante lata que, subitamente, passa a perseguir o destemido heroi. (Está vendo, faz todo o sentido!)
    Pepsiman (como lançado no Japão) é bastante repetitivo. Corra, pegue latas, pule obstáculos, dê carrinhos desnecessários em pessoas que passam pela rua (a moda Gattuso), e vença. Depois, desafie as Leis de Newton e seja perseguido por uma lata em uma rua plana que nunca perde velocidade, fazendo tudo de novo na missão seguinte. Há picos de heroismo, mas nada que o torne, no mínimo, um Chapolin Colorado
    Os controles são intuitivos e até que amigáveis, mas respondem tardiamente, exigindo tomar uma decisão antes mesmo de ela se apresentar. O visual do jogo é bom, levando em conta o "charme" de uma FMV filmada e gráficos razoáveis, salvo as pessoas que são autênticos "billboards" em 2D. Deste jogo, só podemos ressaltar positivamente a trilha sonora, com o incansável riff "Pepsiman!", que, às vezes, não sai da cabeça. E o pior: o jogo entrete por poucos minutos. Depois, ele se torna mais um da sua coleção.
     O que podemos concluir? O jogo é uma propaganda interativa (duh!). Podemos citar a série de jogos do M&M para o Game Boy Color, que leva em conta os personagens, e não a marca. Este jogo só mostra que, quando se tem dinheiro, nem sempre temos um bom jogo.
     Por fim, se você tem este jogo em sua coleção, com certeza ele será uma propaganda eterna em sua prateleira, mas não por méritos. Se você conseguir este jogo, e se na sua terra ainda for febre o Playstation, tente trocar com alguém. É mais fácil você conseguir alguém que troque este jogo por um Winning Eleven do que jogá-lo por mais de 10 minutos. Ao menos que você adore os mais bizarros jogos da história do Playstation.


Porque vale a pena: loading... Erro! Resposta não encontrada.
Porque não vale a pena: desde o começo até o fim, um clássico esquecível.

Notas:

Controle: 7,0
Gráficos: 9,0
Som: 7,5
História: 1,5 (ela existe, apesar das circunstâncias)
Diversão: 5,0 (deve haver algum pirado que goste)

Nota final: 6,0 (regular)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ace Combat 2 (PS1) - 9,0

    Muitos dos jogos de combate aéreo não são satisfatórios no mundo dos jogos clássicos, antes mesmo de se imaginar o 3D. Muitos deles tinham a visão lateral, conhecida pelos americanos como side-scrolling, e permitiam que um avião fizesse movimentos para trás com muita rapidez, não representando a realidade.
    Afinal, raríssimos foram os simuladores da época. Destaque para o Flight Simulator, lançado, dentre outros, para Commodore 64, After Burner e Ace of Aces, para Master System. Mas nenhum destes foi tão grande quanto a série Ace Combat, considerada a principal franchise de simulação de combate aéreo, ou dogfight.
     A história do jogo é bem simples: o jogador é um piloto de uma equipe tática das Forças Unidas que busca restabelecer a ordem, após militares rebeldes armarem um golpe de estado para o Governo. Ao longo da história, percebe-se sensíveis detalhes que ocorrem nos jogos seguintes da série. Neste jogo marca o début de Kei "Edge" Nagase, que participa em outras edições da série.
    Os controles de AC2 são simples e suaves, que são facilmente compreendidos e logo adaptam as mãos de um jogador inexperiente. Mas, quem já havia jogado o primeiro episódio da série provavelmente se adaptará facilmente as pequenas mudanças. A fórmula antiga deu certo, e foi mantida. O visual do jogo agrada, já que pode-se ver os detritos dos aviões que são abatidos voarem. Os aviões representados no jogo são fieis aos usados na realidade.
    A dublagem não é melhor que o empolgante vocal de Air Combat, que vibrava e gritava durante os combates, adicionando a emoção. E com relação a trilha sonora, talvez uma das mais marcantes partes do jogo, são bastante agradáveis aos ouvidos. Os temas tocados são diretamente relacionados ao passo da missão: se você deve-se manter não detectado, uma música de suspense tocará ao fundo.
    Os combates são intensamente divertidos, velozes e interessantes. Cada avião que você adquire ao longo das missões possui sua característica particular, seja defesa, força ou velocidade. E, a partir de um certo ponto do jogo, você ainda poderá dar ordens a um colega de equipe, muito semelhante a função Wingmen do Ace Combat 5, tanto para pedir cobertura ou atacar o alvo principal.
    Ace Combat 2 é uma joia do Playstation e já entrou para história. Essa fórmula é tão boa que a NAMCO vem repetindo ela desde 1995 e não se esgotou. E provavelmente, durará por muito mais tempo.



 
Porque vale a pena: ação intensa e divertida
Porque não vale a pena: pode parecer repetitivo depois de um certo tempo e um enredo não muito interessante.

Notas
Controle: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 9,0
História: 8,0
Diversão: 10

Nota Final: 9,0 (excelente)

PS: Confira na parte "Melhores OSTs" para ouvir o verdadeiro Hino Nacional do Ace Combat!

Goldeneye: Rogue Agent (PS2) - 8,1


    Para engano de muitos, James Bond teve seu primeiro jogo em 1983, para Atari 2600, onde o espião controlava veículos que deveriam ultrapassar seus inimigos de maneira a alcançar seu objetivo. Mas, seus jogos começaram a aumentar de popularidade a partir de Goldeneye 007, para Nintendo 64, que possuia jogabilidade inovados e gráficos utópicos para a época. Desde então, todos os jogos tentaram repetir sua fórmula, não alcançando o mesmo sucesso, no entanto.
   Goldeneye: Rogue Agent foi lançado para Playstation 2, GameCube, Xbox e DS, com uma proposta inusitada: o jogador controla um demitido agente do MI6 por violência e brutalidade excessiva, que uniu-se a SPECTRE, organização criminosa que é liderada por Auric Goldfinger, que tem como principais rivais o "Doctor No" e... James Bond.
    Uma das características mais interessantes do jogo são os gadgets que são implantados no olho do protagonista, perdido após ser baleado por Dr. No (quando ainda agente do MI6). Dentre as principais habilidades estão a de observar a movimentação inimiga através das paredes e de ativar equipamentos eletrônicos a distância.
     Os controles parecem confusos no começo, requerindo um pouco de costume em seu manuseio. Nada que impeça que o jogo flua normalmente. A dublagem é boa, contando com Christopher Lee para a voz de Franscisco Scaramanga. Os sons dos disparos não parecem tão realísticos, principalmente o som da primeira arma do jogo, Spec 9, que parece de uma "bota".
     Goldeneye: Rogue Agent é um jogo para entreter muitos fãs de FPS e James Bond, mas, se você acha que Nightfire não foi um bom jogo, será melhor você pensar em outro. Mas se arriscar, você poderá acabar por gostar dele.


Porque vale a pena: Trata-se de um bom FPS, com ação intensa e uma história diferente, com estilo Bond.
Porque não vale a pena: Alguns detalhes gráficos parecem ultrapassados e as fases parecem se repetir muito.

Ficha Técnica:
Nome: Goldeneye: Rogue Agent
Empresa: EA Los Angeles (EUA)
Publicadora: EA Games (EUA)
Gênero: FPS
Plataformas: Playstation 2, Gamecube, Xbox e DS
Data de Lançamento: 22 de Novembro de 2004
Classificação: T (adolescentes)
Vendas: 505.036 unidades vendidas (PS2)

Controle: 8,5
Segue o clássico estilo dos jogos em primeira pessoa para o PS2: o analógico esquerdo move o personagem e o direito permite mirar. Muito simples quando aprendidos, mas pode ser difícil para um novato em FPS manipular os dois sticks simultaneamente

Gráficos: 7,5
Ponto fraco. Apesar de retratar positivamente reflexos e alguns cenários, o resto parece muito antiquado, principalmente as explosões em cutscenes, que dão a impressão de 2000, e não 2004.

Som: 7,5
Sempre admiro jogos que dedicam-se a retratar os sons de tiros o mais fiel possível. Mas, Goldeneye Rogue Agent não faz jus ao que parece ser: a arma principal, SPEC 9, parece soar qualquer coisa, menos um tiro. A dublagem conta com Christopher Lee, ator de Franscisco Scaramanga dos filmes de James Bond (The Man with the Golden Gun), mas fracassa um tanto com os outros artistas.

História: 9,0
Inovador e criativo, uma das mais belas sacadas da Electronic Arts com a licença de James Bond: ser do lado mal. É inusitado. Mas, trocar tiros com Bond parece apenas uma propaganda para gerar incríveis expectativas.

Diversão: 8,0
FPS e RPG são dois gêneros de jogos que, se feitos com um carinho razoável, dão certo. No caso de Goldeneye: Rogue Agent, ele é divertido em algumas missões, mas em outras ele é simplesmente muito fácil ou tedioso. O caminho salta a vista, basta distribuir balas nos adversários e está tudo pronto. O valor de jogá-lo novamente não é muito grande, convenhamos. O multiplayer é divertido, mas não permite muitas coisas, como o uso de bots controlados pela AI, por exemplo. Em uma análise geral, é satisfatório.

Nota Final: 8,1 (bom)

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