quarta-feira, 11 de maio de 2011

Crônicas dos Videogames #1: Mundo paralelo, violência em videogames e a capacidade humana

     Os videogames fazem parte, e muito, da minha vida. Meu computador está abarrotado de jogos de todas as épocas, emuladores para inúmeros consoles, alguns que sequer cheguei a me aprofundar, meus discos de jogos ocupam boa parte do meu guardarroupas, que outrora parece uma grande máquina do tempo, e meu computador está cheio de análises de jogos e vídeos.
     Imagino que passo cinco ou seis horas da minha vida pensando, escrevendo ou jogando videogames. Nada que me faça um viciado. É simplesmente um hábito. Há pessoas que tem manias de fumar, beber, gastar fortunas em bingos, assistir criminalidade na televisão... Se gostar de videogames é uma mania, é talvez a melhor delas. Afinal, os videogames dependem de nós, jogadores, para existir, e não o contrário.
     Claro que excessos neste “mundo paralelo” são prejudiciais. Quando sei que posso sair de casa para caminhar, que seja até o mercado, o faço. Estamos cansados de ver notícias pela internet de jogadores que acabam morrendo após ficar horas e horas diante de um computador ou um videogame. Limitações devem ser tomadas.

Violência em videogames

    Gostaria de dedicar dois parágrafos com relação a este tema, que é bastante discutido entre pais e doutores. Todos nós, gamers, sabemos uma enorme lista de jogos violentos e controversos, onde o protagonista pode efetuar disparos em pedestres, matar policiais e cometer outras atrocidades. Muitas pessoas pensam em banir estes jogos.
    Mas, uma pesquisa em uma universidade dos Estados Unidos revelou que os “jogos violentos são ótimos para pré-adolescentes como uma maneira de extravasar a sua raiva”, completando que não deveriam ser “retirados da vida dos pequenos, mas sim monitorar o que fazem nos videogames e preveni-los”. É bem interessante esta constatação, já que sempre pensei assim.
    As pessoas e principalmente os jovens deveriam ver o jogo como “um saco de pancadas”: nele você pode desferir o seu ódio e não fazer mal a ninguém e se divertir. Ver um jogo como forma de entretenimento é o que falta para resolver esta situação.

A incrível capacidade do ser humano

    Sempre digo que “o ser humano é capaz o suficiente para transpor qualquer adversidade”. Podemos ver isso após conseguirem tirar sal da água dos oceanos, tornando-a potável, contornando o problema da carência da água doce no mundo. Recentemente vemos um engatinhar na cura da AIDS, algo que era praticamente impossível.
    Nesta última terça-feira, me surpreendi com uma notícia que vi no ZeldaWiki, que demonstrava um rapaz, chamado Terry Garret, estudante de engenharia mecânica, que era um hábil jogador de The Legend of Zelda: Ocarina of Time – que é, para mim, o melhor jogo da história. Nada de mais, não concorda? Todos nós podemos jogar este título e acaba o fazendo muito bem. Mas, um detalhe torna Garret diferente dos outros jogadores: ele é completamente cego.
     O rapaz joga em um emulador, para assim se aproveitar do save state, característica deste aplicativo que permite ao jogador salvar seu progresso a qualquer momento, permitindo que ele faça várias tentativas até conseguir o que deseja. Ele se guia pelos sons, emitidos por duas caixas de som posicionadas em lados diferentes de maneira a saber de que lado o barulho é emitido. Navi, a fada que acompanha Link, protagonista do jogo, emite um som quando Link vê um inimigo.
     No vídeo abaixo, ele demonstra como joga o título na parte que se passa dentro da Árvore Deku, que funciona como uma espécie de “estágio” para que Link aprenda o que deve fazer durante as batalhas. Note como ele parece enxergar as cenas e o que se passa na tela do monitor.




    Então, isso é tudo pessoal! Semana que vem voltaremos com o lado cult dos jogos em Crônicas dos Videogames.

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