São raros os títulos produzidos exclusivamente no Brasil, com personagens totalmente nacionais, só que com motores de jogos produzidos em outros países. Pudemos ver isso em Turma da Mônica e Geraldinho, no Master System. No entanto, poucas pessoas sabem que o personagem Didi, interpretado pelo comediante Renato Aragão, possui um título para videogames, e para o antigo Odyssey2.
Em Didi na Mina Encantada!, você controla o protagonista em uma aventura nada convencional. O jogador começa em uma caverna, com o objetivo de destruir as rochas que vem em sua direção para obter pontos, com a sua picareta. No entanto, essa ferramenta não estará disponível por muito tempo. Sem o equipamento, Didi poderá salvar sobre as rochas e obter pontos, buscar uma nova picareta ou pegar uma chave para poder prosseguir à próxima fase.
O jogo funciona a partir de um sistema de pontuações. Ao destruir uma rocha com a picareta, o jogador recebe três pontos. Por sua vez, ao saltar um destes obstáculos de maneira a evitá-lo atribui apenas um ponto. Após obter uma picareta, que surge outrora a partir de uma colisão entre duas pedras, se ganha cinco pontos.
O que vemos é uma fusão entre Donkey Kong e Mario Bros., onde o jogador tem que saltar sobre as plataformas, evitar ou atacar os adversários, no caso as rochas, com a picareta, muito similar a marreta usada por Mario durante alguns períodos do jogo.
Pela inferior qualidade gráfica do Odyssey, a diversão fica prejudicada. Para ter uma idéia, o rival Atari 2600 possui um visual superior ao deste console (!). Didi é apenas poucos pixels de uma silhueta humana. Todos os gráficos são simples e sem detalhes – o máximo que o console permitia.
Por outro lado, os controles não são ruins e saltar sobre as pedras não é uma árdua tarefa. É um adequado jogo para as crianças. Devemos ressaltar o som das rochas colidindo, algo bem feito para a época. O resto é uma combinação de bips e sons eletrônicos sem muita relação com a realidade.
Se você é um fã de plataformers, Didi na Mina Encantada! é um interessantíssimo título. É o melhor jogo para aquele jogador que acha que Donkey Kong não é bom o bastante e quer um desafio maior. Apesar de não conter as piadas e o grande humor dos Trapalhões e de Didi, é o melhor título do Odyssey2.
Porque vale a pena: A idéia é excelente.
Porque não vale a pena: O gráfico fraco do Odyssey estraga a experiência.
Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 8,0
Som: 9,5
Ideia: 9,5
Diversão: 9,0
Nota final: 9,0 (excelente)