Recentemente, fizemos a análise do jogo Michael Jackson’s Moonwalker para Mega Drive, um jogo aclamado pela imprensa e pelo GPR pela sua música, fáceis controles e a possibilidade de atingir os inimigos simplesmente realizando uma dança do cantor. No entanto, sua versão lançada para computadores não teve a mesma qualidade da sua versão para o console da SEGA.
Assim como a versão para Mega Drive, em Michael Jackson’s Moonwalker você controla o cantor, para deter os planos malignos do Mr. Big. Só que na versão para Commodore 64, Michael participar de apenas quatro missões em diferentes gêneros de jogos, alguns não tão interessantes. Nos dois primeiros, o jogador está em um labirinto estilo Pac-Man, onde objetos devem ser recolhidos de maneira a completar os objetivos. No terceiro, Jackson faz praticamente o papel de James Bond no jogo The Living Daylights para o mesmo console, onde ele pode efetuar disparos nos inimigos com uma metralhadora, algo similar ocorrendo na última missão.
Visivelmente há uma inferioridade gráfica para a versão do Mega Drive, mas é bastante suficiente para o computador da Commodore. A visão “birds’ eye view” não permite desenhos muito detalhados do cenário, no entanto, há uma grande melhoria visual na terceira missão, em que a câmera encontra-se na lateral do cenário. A versão do jogo para Amiga, também da Commodore, é muito mais detalhada, no entanto.
As músicas do jogo são baseadas nos sucessos do cantor, como “Bad”, “Speed Demon” e “Smooth Criminal”. Apesar de não soarem bem nos speakers do Commodore 64, são suficientes para fazer o jogador se sentir no filme. No entanto, é incompreensível a escolha da música “The Way You Make Me Feel” para a última missão, a mais intensa do título, com uma música suave. “Thriller” seria uma boa escolha para esta missão. Pelas limitações sonoras, está ausente os gritos do cantor da versão para Mega Drive.
Controlar “O Rei do Pop” no jogo é uma tarefa simples, principalmente nas missões de labirinto, onde o jogador pode facilmente se esquivar dos inimigos e vasculhar o cenário com tranquilidade. Mas, a partir da terceira missão, os controles ficam mais complicados e difíceis de manusear, já que, além de movimentar o personagem, o jogador tem que controlar uma mira para localizar o alvo e efetuar o disparo.
Portanto, essa versão para Commodore 64 é bastante inferior àquela lançada para Mega Drive, Arcade, Master System e até mesmo outros computadores da mesma geração que este. A carência de falas do cantor, da baixa qualidade de geração de músicas, do estilo plataformer e a deficiência dos “dance attacks”, ataques dançantes de Michael, tornam este jogo um péssimo port do título original. É também lamentável o fim do jogo, simplório e, para aquele jogador que não domina o inglês, ele simplesmente não saberá que ele acabou, e sim que ele travou. Teste apenas se for fã de cantor ou gostou do jogo “The Living Daylights 007” para este console. De outra maneira, ele simplesmente decepciona.
Porque vale a pena: As duas últimas missões divertem muito e o tornam interessante.
Porque não vale a pena: Um port sem a qualidade da outra versão. O final poderia ser mais bem feito.
Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
História: 8,5
Diversão: 9,0
Nota final: 8,8 (bom)