terça-feira, 31 de maio de 2011

Resultados Finais: Maio de 2011

    Agora vamos revelar os campeões de Maio de 2011.

1. Perfect Dark (N64) - 10,0
2. International Track & Field 2000 (N64) - 9,9
3. Super Mario Bros. (NES) - 9,9
4. Michael Jackson's Moonwalker - 9,7
5. Mafia II (360) - 9,6
6. Forza Motorsports 3 (360) - 9,6
7. Zero Tolerance (SMD) - 9,6
8. Peter Shilton's Handball Maradona (C64) - 9,6
9. Mario Bros. (NES) - 9,5
10. World Cup Italia '90 (SMS) - 9,5
...
38. Elf Bowling 1 & 2 (NDS) - 0,8

Apesar de não contabilizado, Sonic The Hedgehog 2, para Mega Drive, alcançou a 11ª colocação, com a nota 9,5.

    Vale relembrar que o critério de desempate de notas finais são diversão, controle, gráficos, som, história, maior nota mais alta e maior nota mais baixa. Caso persista o empate, é levado em consideração o número de jogos vendidos. Caso esta informação não esta disponível, o GPR levará em conta o chamado "critério extremo" (tratado como um botão secreto na mesa de um presidente). Nele, são analisados números de glitches, possibilidade de replay, frame rate e empresa produtora. É impossível um empate aqui!

    Como sempre, agradecemos a sua leitura e pedimos para que continue nos acompanhando no próximo mês. A partir de amanhã, dia 01, teremos mais de um review por dia! Siga-nos no Twitter, @GamePalaceRev, @GPRUnderground e @GPRSoundtrack, além do twitter do criador do site, @ThiagoVitesse. E em breve, o GPR ganhará mais dois spin-offs: GPRStrategy, blog de dicas, e GPRCollection, blog sobre a coleção do GPR de jogos.

Apesar de adorar a série The Legend of Zelda, impressionantemente ela nunca fica entre os dez primeiros: Zelda II ficou em 12º colocado...

Michael Jackson’s Moonwalker (C64) – 8,8

    Recentemente, fizemos a análise do jogo Michael Jackson’s Moonwalker para Mega Drive, um jogo aclamado pela imprensa e pelo GPR pela sua música, fáceis controles e a possibilidade de atingir os inimigos simplesmente realizando uma dança do cantor. No entanto, sua versão lançada para computadores não teve a mesma qualidade da sua versão para o console da SEGA.
    Assim como a versão para Mega Drive, em Michael Jackson’s Moonwalker você controla o cantor, para deter os planos malignos do Mr. Big. Só que na versão para Commodore 64, Michael participar de apenas quatro missões em diferentes gêneros de jogos, alguns não tão interessantes. Nos dois primeiros, o jogador está em um labirinto estilo Pac-Man, onde objetos devem ser recolhidos de maneira a completar os objetivos. No terceiro, Jackson faz praticamente o papel de James Bond no jogo The Living Daylights para o mesmo console, onde ele pode efetuar disparos nos inimigos com uma metralhadora, algo similar ocorrendo na última missão.
    Visivelmente há uma inferioridade gráfica para a versão do Mega Drive, mas é bastante suficiente para o computador da Commodore. A visão “birds’ eye view” não permite desenhos muito detalhados do cenário, no entanto, há uma grande melhoria visual na terceira missão, em que a câmera encontra-se na lateral do cenário. A versão do jogo para Amiga, também da Commodore, é muito mais detalhada, no entanto.
    As músicas do jogo são baseadas nos sucessos do cantor, como “Bad”, “Speed Demon” e “Smooth Criminal”. Apesar de não soarem bem nos speakers do Commodore 64, são suficientes para fazer o jogador se sentir no filme. No entanto, é incompreensível a escolha da música “The Way You Make Me Feel” para a última missão, a mais intensa do título, com uma música suave. “Thriller” seria uma boa escolha para esta missão. Pelas limitações sonoras, está ausente os gritos do cantor da versão para Mega Drive.
    Controlar “O Rei do Pop” no jogo é uma tarefa simples, principalmente nas missões de labirinto, onde o jogador pode facilmente se esquivar dos inimigos e vasculhar o cenário com tranquilidade. Mas, a partir da terceira missão, os controles ficam mais complicados e difíceis de manusear, já que, além de movimentar o personagem, o jogador tem que controlar uma mira para localizar o alvo e efetuar o disparo.
    Portanto, essa versão para Commodore 64 é bastante inferior àquela lançada para Mega Drive, Arcade, Master System e até mesmo outros computadores da mesma geração que este. A carência de falas do cantor, da baixa qualidade de geração de músicas, do estilo plataformer e a deficiência dos “dance attacks”, ataques dançantes de Michael, tornam este jogo um péssimo port do título original. É também lamentável o fim do jogo, simplório e, para aquele jogador que não domina o inglês, ele simplesmente não saberá que ele acabou, e sim que ele travou. Teste apenas se for fã de cantor ou gostou do jogo “The Living Daylights 007” para este console. De outra maneira, ele simplesmente decepciona.


Porque vale a pena: As duas últimas missões divertem muito e o tornam interessante.
Porque não vale a pena: Um port sem a qualidade da outra versão. O final poderia ser mais bem feito.
Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
História: 8,5
Diversão: 9,0

Nota final: 8,8 (bom)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Peter Shilton’s Handball Maradona (C64) – 9,6

    Eram seis minutos do segundo tempo do jogo Argentina e Inglaterra, válido pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986 no México, quando Maradona tenta a chamada “jogada um-dois” com seu colega de equipe Jorge Valdano. No entanto, o passe do famoso jogador chegou nos pés do meio-campista Steve Hodge, que, apesar de seu esforço para tentar tirar a bola da defesa, acaba alçando-a para a sua área. Era uma bola fácil para Peter Shilton, goleiro inglês. No entanto Maradona, que seguiu correndo após o passe, ergueu seu braço diante do arqueiro e resvalou na bola para o gol. O juiz da partida, o tunisiano Ali Bin Nasser, validou o gol que ficou conhecido como “La mano de Dios” (veja o gol aqui).
    Este é um dos eventos mais conhecidos do futebol mundial e que inspirou a Argus Press Softwares a produzir um título deste esporte nada convencional para a época, com o nome de Peter Shilton’s Football, mais popularmente conhecido como Peter Shilton’s Handball Maradona, para Commodore 64, Amstrad CPC e ZX Spectrum em 1986. Diferentemente dos jogos da época, o jogador controla apenas o goleiro em várias situações exigindo que o porteiro faça uma defesa.
    Para isso, o jogador deverá posicionar o goleiro conforme a situação e fazê-lo saltar de maneira a defender a bola. Não importa se o arqueiro agarrará a bola ou não, o importante é evitar o gol. O jogador pode optar por testar suas habilidades em um simples jogo amistoso ou uma temporada de amistosos contra times da elite inglesa, como Manchester United, Liverpool e Fulham.
    Controlar o goleiro durante um jogo é simples e apenas requer dos reflexos do jogador. O pouco de lag que o Handball Maradona demonstra ter relembra o tempo em que o goleiro toma impulso para espalmar uma bola, tornando o mais real, portanto, emocionante. Mas, diferentemente da realidade, a chance de tomar um peru é praticamente impossível.
    O som da versão para Commodore 64 conta com mais efeitos sonoros do que as outras duas versões do título, incluindo gritos como “GOAL” (após conceder um gol) e “SAVE” (depois de fazer uma defesa). O destaque fica para a leitura do título do jogo, que dita tão apressadamente, em apenas dois segundos, tornou-se uma marca inesquecível nos fãs e jogadores. Este é um feito raríssimo nos jogos antes da década de 1990, e aqui ele é bem feito.
    O visual é satisfatório, lembrando até o jogo World Cup Italia ’90, já revisado pelo GPR, com desenhos detalhados dos jogadores, destaque para as diferenças de cores do calção, da camisa e das meias, e da grande diferença entre eles. Os menus são agradáveis e fáceis de entender.
    Peter Shilton’s Handball Maradona é uma idéia diferente que faz deste jogo simples de futebol para o Commodore 64 tão especial. A partir dele percebemos a importância de um bom goleiro na meta do nosso time favorito. Se você é fã do goleiro do seu time ou quer experimentar a sensação de desempenhar esta função, este título é altamente recomendado. Um grandioso jogo.

 

Porque vale a pena: Uma idéia inusitada que só veio a ser repetida quase quinze anos depois em FIFA 11.
Porque não vale a pena: Poderiam ser simuladas contratações como Master League do PES ou Manager Mode do FIFA, mas imagino que isso é pedir demais...

Notas:
Controles: 9,5
Gráficos: 9,5
Som: 9,5
Ideia: 10
Diversão: 9,5

Nota final: 9,6 (um título quase perfeito)

domingo, 29 de maio de 2011

Space Wars! (Vectrex) – 9,1

    Em 1983, os fãs de consoles pareciam esboçar uma despedida aos videogames, optando por adquirir computadores que desempenhavam maiores e mais úteis funções, além de apresentarem gráficos e sons melhores em jogos. Algumas atitudes de empresas como Atari agravaram a situação, que só foi apaziguada com o lançamento do NES pela Nintendo. Evento tal ficou conhecido como o “crash norteamericano de games de 1983”.
    Space Wars! foi lançado em 1983, para o Milton Bradley Vectrex, um dos principais “culpados” deste chamado “crash” e é hoje considerado um dos piores viodegames de todos os tempos. Em linhas gerais, este console era um pequeno monitor que relembrava um radar que demonstrava linhas monocromáticas com a possibilidade de se acrescentar um papel transparente colorido para reduzir a diferença.
    Neste jogo, o jogador controla uma espaçonave que tem como objetivo destruir outra, que ataca de volta. Durante o combate, o jogador pode ficar sem munição ou combustível, tornando-se alvo fácil do adversário. Há a possibilidade de se disputar contra o computador ou com um amigo no segundo controle.
    Apesar de ser um visual simplificado com apenas linhas nos desenhos das naves e meteoros, destaque para sua incrível física emulando os danos nas naves. Ao ser atingido na armação da retaguarda do avião, por exemplo, ela pode se desmontar, mas a nave prosseguirá em funcionamento, apesar de com limitações.
    O controle é um tanto “escorregadio”, mas parece obedecer fielmente o comportamento de uma espaçonave. Aprender a fugir e atirar requer tempo e prática, mas a diversão do jogo compensa o tempo gasto. O som não é o ponto forte do título, mas o áudio das naves explodindo e dos tiros são bem feitos. As músicas tocadas não são boas e relembram um circo.
    Apesar das grandes deficiências do console, Space Wars! é um excelente título, mas apenas para o console da Milton Bradley, e não para Master System ou NES. Se você gosta de jogos com a agilidade e o pensamento de Asteroids e a ação de Space Invaders, é um título altamente recomendado.


Porque vale a pena: Boa física e diversão garantida em dois jogadores.
Porque não vale a pena: Fica bastante repetitivo depois de um tempo.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
Ideia: 9,5
Diversão: 9,5

Nota final: 9,1 (excelente)

sábado, 28 de maio de 2011

International Superstar Soccer (SNES) – 9,3

    Até a era 3D, muitos jogos de futebol eram difíceis por seu controle sem respostas, pela alta dificuldade, músicas irritantes que repetiam até o final de uma partida ou pela fraca qualidade gráfica. Suportar os controles e as músicas em World Cup Carnival, já revisto por este sitio, por exemplo, era terrível. ISS, FIFA e World Cup Italia ’90 foram as poucas exceções do tempo.
    International Superstar Soccer é o segundo título de futebol da KONAMI, lançado para Super Nintendo apenas. O título possuía apenas 26 seleções nacionais, desde Brasil e Argentina até País de Gales. Seus jogadores são exatamente baseados nas equipes da Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos – onde a Canarinho conseguiu seu tetra – apesar de faltar Marrocos, Bolívia, Arábia Saudita e Grécia, integrantes daquele torneio.
    Além de disputar um simples amistoso com o computador ou seu amigo, International permite que sejam simuladas uma Copa do Mundo, muito próximo da realidade, uma Liga Mundial (chamada “World Series” no jogo) com todas as seleções em um campeonato turno e returno, disputa por pênaltis ou o modo Scenario, onde o jogador seleciona uma seleção em uma situação real, como segurar um resultado diante de um time superior ou uma busca desesperada por um gol a partir de um escanteio.
    Uma das coisas a destacar em ISS é sua qualidade visual. Naqueles tempos, salvo FIFA, todos os jogadores pareciam ter um visual infantil e simples. No entanto, neste título, vemos personagens com aparência adulta, de movimentação próxima da realidade, roupas amarrotadas como nos jogos reais e números nas costas, algo nunca feito na época. Os estádios são bem feitos e os repórteres, que se encontram atrás do gol, podem ser derrubados caso você acerte uma bolada neles.
    O som não é um ponto superior no jogo. As músicas de menu só melhoraram na versão seguinte, Deluxe, e o grito das torcidas parecia um velho rádio sem estação selecionada, captando chiado e estática. Mas, o que se pode chamar a atenção é que este é um dos primeiros títulos (se não o pioneiro) de futebol a incluir narração durante o jogo. Obviamente, as frases repetiam-se muito, mas levando em consideração o que cabia em um cartucho de Super Nintendo, isso é bem satisfatório.
    Os controles são o ponto forte deste jogo e da série inteira. Eles permitiam uma rápida resposta que segue a velocidade do pensar em realizar um drible ou um arremate. Por causa disso, é possível encaixar cinco ou seis dribles quase perfeitos e várias finalizações, além de poder fazer toda esta jogada dentro da área (como no vídeo abaixo).
    Um dos poucos pontos a ser criticados em ISS é o sistema de códigos para poder continuar seu campeonato posteriormente. São muitíssimas letras e números para ser anotados, e, como de costume, era fácil errar ou perder o papel. Ainda bem que os chips “memória de acesso randômico não-volátil” surgiram tempos depois...
    International Superstar Soccer só não é o melhor jogo do Super Nintendo porque ele teve uma sequencia muito melhor, que ainda será analisada pelo Game Palace Reviews. Se você é um fã do futebol-arte e de games clássicos, este é um grande título. Nenhum simulador de futebol até o fim da quarta geração tenha superado a qualidade incrível de ISS.
    Enquanto você lia, Allejo marcou 61 gols pela Seleção Brasileira...
Porque vale a pena: Gráficos reais e controle simples, raridade naquele tempo.
Porque não vale a pena: Sem nenhum jogador licenciado.

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 9,5
Som: 9,0
Licenças: 8,5 (tem Allejo, portanto...)
Diversão: 9,5

Nota final: 9,3 (excelente)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Star Fox Command (DS) – 9,2

    Colocar um ponto final em uma série pode condená-la de muitas maneiras: evita que a empresa faça continuações, a não ser remakes de títulos antigos, e pode fazer com que uma série caia em esquecimento. Estas decisões outrora são recebidas com lamentações dos fanáticos, que esperam sempre por títulos novos.
    Star Fox Command pretende pôr o fim na série Star Fox, que começou no Super Nintendo que fazia uso do poderoso chip Super FX. O jogo se passa no sistema Lylat, onde sempre ocorreu a série, que poderá ser destruído pelo líder de Anglar, uma terra até então inóspita. Então, resta a Fox McCloud, protagonista da série, participar das missões de maneira a acabar com os planos de Anglar. Um problema fica por conta da equipe dos jogos anteriores, que saíram da equipe de Fox, como Falco, um dos principais integrantes, que decidiu seguir uma carreira solo.
    Muito similar ao não-lançado Star Fox 2 para SNES, Command traz, a principio, um estilo tabuleiro para defender o Great Fox, nave principal do jogo encontra os líderes da equipe, requerendo estratégias para o fazer. Ao entrar em contato com os inimigos com a Arwing, a nave de combate de Fox e do resto da equipe, o jogador é transportado para uma visão em 3D muito similar ao Star Fox 64, onde controla-se Fox, que deve derrubar os inimigos.
    O multiplayer deste jogo permite que até seis jogadores locais em uma conexão sem fio compitam ou que um jogador combata contra outros dois pelo Nintendo Wi-Fi Connection. A pontuação obtida aqui se baseia não no número de naves abatidas, mas pelo número de estrelas coletadas quando estes são destruídos. Em disputas pelo Wi-Fi, o jogador possui um ranking de Z até A, que, conforme suas conquistas vão aumentando sua posição no quadro mundial.
    Controlar o Arwing é fácil e divertido. O avião tem um controle rápido, sem lag, tornando mais intensos e ágeis os combates. Mas, atirar nas naves inimigas não é tão fácil e exigem uma aproximação maior para poder disparar com precisão e evitar perder tempo.
    O som é um ponto a ser criticado. Apesar da trilha sonora razoável e da qualidade dos sons dos disparos, não vejo uma boa idéia nos diálogos no idioma Lylat, que não passa de uma amostra vocal totalmente bagunçada, dando uma desvalorização a personalidade dos protagonistas. Por exemplo, quando você está em combate e ROB 64 fala, ninguém pode tirar a atenção dos confrontos para ler as legendas da citação. Uma possibilidade curiosa é de gravar a sua própria voz e fazê-la falar o idioma Lylat. Bizarro, mas curioso.
    Os gráficos são ótimos para o Nintendo DS. Até então, a expectativa era de um visual similar a Star Fox 64, da plataforma Nintendo 64, mas pode-se notar texturas mais nítidas e polidas. Apesar dos personagens não aparecerem em 3D, suas ilustrações são perfeitas e a movimentação da boca é ótima. O desenho destes refletem a maturidade que a série atingiu.
    Star Fox Command parece pôr um ponto final na série. Muitos fãs esperam que um entre os nove finais esbocem uma continuação, que, apesar do futuro lançamento do jogo Star Fox 64 3D para o Nintendo 3DS, parece já deixar saudades. É um bom jogo e vale a pena testar ele, até mesmo se for um jogador da série Ace Combat. Um grande título.



Porque vale a pena: Relembra grandes títulos de simulador de combate.
Porque não vale a pena: Parece um pouco devagar no modo 2D.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,5
Som: 9,0
Enredo: 9,5
Diversão: 9,0

Nota final: 9,2 (excelente)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A View to a Kill (Amstrad CPC) – 8,2

    Roger Moore interpretava mais uma vez o espião inglês James Bond nos cinemas, no filme 007 A View to a Kill, chamado de 007 Na Mira dos Assassinos, no Brasil, e 007 – Alvo em Movimento, em Portugal. Neste filme, Bond deveria investigar Max Zorin e sua indústria de mercado de microchips – que para a época não tinham nada de micro – e deter os planos mal-intencionados dele. O jogo recebeu duas versões para videogames. Revisaremos as duas, portanto, vamos analisar primeiro a versão para Commodore 64, MSX, Amstrad CPC e ZX Spectrum.
    No jogo, você controla Bond em três missões diferentes. Na primeira, o protagonista controla um táxi de maneira a seguir May Day, que pulou de pára-quedas da Torre Eiffel. Durante a perseguição, o jogador deve evitar os policiais ou devolver fogo a eles - algo raro da série. Na segunda, você deve ajudar uma mulher a escapar de um prédio em chamas, onde você deverá recolher objetos e chaves para abrir portas e prosseguir com a fuga. No último, ele estará em uma caverna, de maneira a evitar que Zorin exploda a bomba que ali se encontra. E, além disso, deve resgatar May Day, que está presa em algum lugar.
    Para ser sincero, imagino que ninguém gosta dos jogos de James Bond que ocorreram antes do The Duel para Mega Drive. As missões não empolgam e os gráficos são sempre inferiores do que o console pode proporcionar. Nesta versão, para o nada famoso Amstrad CPC, vemos outra vez um gráfico péssimo e desagradável. Muitas cores onde deveriam ter poucas, e vice-versa. O visual é tão ruim quanto o James Bond 007 para Atari 2600. Não é nenhum exagero, prova disso são os gráficos de Renegade, Gryzor, Batman The Movie, Navy Seals ou Robocop, para este mesmo console.
    Se deixarmos os gráficos de lado, as músicas e os sons são fracos comparados a outros jogos do Amstrad, mas são satisfatórios. Já os controles são satisfatórios e fáceis de usar, o ponto forte do título. Você pode abrir um menu para disparar sua arma para liberar um corda, de maneira a escalar uma parede. Isso é bastante prático e apressam as ações.
    Mas, de nada adiantam menus práticos e rápidos se as missões são fracas. Todas elas são lentas, pedindo que o jogador explore um grande espaço para obter um banal objeto para fazer uma ação pequena. Em Paris, por exemplo, Bond não parece estar perseguindo May Day, mas sim procurando um lugar para estacionar. Antiteticamente, um jogo sobre um filme aclamado por sua ação, com um Bond que não corre e pouco atira. Há pouca diversão.
    A View to a Kill é um jogo ruim da série James Bond. Ele simplesmente não tem o jeito Bond de ação e não segue fielmente a história do filme. Se quiser algo relacionado à “A View to a Kill”, assista o filme ou escute sua trilha sonora. O título para Amstrad CPC consegue ser pior do que a versão para Apple ][, que consiste em um text adventure, revisado aqui. É talvez o pior jogo de Bond. Jogue apenas se for fã da série. Fora isso, não vale a pena.


Porque vale a pena: É James Bond, portanto deve faltar em sua coleção.
Porque não vale a pena: Missões lerdas, gráficos horrendos e pouca diversão.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 7,0
Som: 8,5
Enredo: 8,5
Diversão: 8,0

Nota final: 8,2 (bom)

A View to a Kill (Apple ][) – 8,5

Aviso: Recomendamos a leitura do review deste jogo para Amstrad CPC. Parte do enredo está descrito lá.

    Text adventure é um jogo totalmente em texto, sem gráficos e muito geralmente sem som, que exigem que o jogador apenas digite o que o personagem deve fazer, evidenciado em um texto exibido antes de o comando ser exigido. Este gênero caiu em desuso nos anos recentes e praticamente só é feito por programadores amadores e fãs de séries.
    A View to a Kill para Apple ][ é uma boa representação do filme homônimo de James Bond, estrelado por Roger Moore. Controlando o agente, você fará ações muito ligadas ao filme. Este gênero traz jogos bem lentos, mas alguns momentos de ação são intensos e exigem uma boa interpretação de leitura. O texto é bem escrito, e dá a sensação de ser escrito pelo próprio Ian Fleming, criador da série, que começou em livros.
    Diferentemente da versão gráfica para Amstrad CPC, o que é devagar aqui não aborrece, assim como os puzzles, que são interessantes e requerem inteligência, não paciência. Se você tiver um bom inglês e informação sobre este jogo, vale a pena testar ele.


Notas:
Controles: - (não há botões a serem apertados além de digitar as funções, o que não cabe aqui)
Gráficos: - (o jogo é totalmente em texto, portanto, não possui gráficos)
Som: - (o jogo não possui áudio)
Enredo: 9,5
Diversão: 8,0 (x2)*

Nota final: 8,5 (bom)

* Game Palace Reviews dobra o peso da nota diversão quando três critérios de avaliação são nulos. Estes títulos, geralmente, não disputam o prêmio de melhor jogo do mês.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Seaman (DC) - 9,2

    Então, como eu dizia antes, há um monte de coisas maravilhosas sobre a Internet, mas, como todo o resto das coisas, não é totalmente perfeita. Pense sobre isso desta maneira: você pode fazer quase tudo na Internet: trabalhar, fazer compras, conversar, ler notícias, jogar jogos, ouvir música e muito mais coisas que queira fazer. Isso é tudo fantástico, mas, muito em breve, as pessoas não vão sair de suas casas a fim de conduzir seus negócios diários pelo computador. Você humanos ficarão preguiçosos e menos móveis. E esquecerão como lidar com outro ser cara a cara. Imagino que as coisas podem ficar feias nas próximas décadas. Cabe a vocês, humanos, saber como uso a Internet de forma inteligente, para que não seja prejudicado. – Seaman
    Esta é uma dentre as milhares de frases ditas por Seaman, um peixe com um rosto humano. É talvez a idéia mais bizarra da história dos videogames. Mas, através de um sistema de reconhecimento vocal integrado no controle, todo este tema grotesco é colocado abaixo, que, somado aos diálogos curiosos e profundos do título.
    Neste jogo, você controla um “aquarista” que tem como objetivo, desenvolver pequenos seres denominados “seamans”. Como dito, são peixes com rostos humanos, que vão crescendo lentamente, como aqueles pets virtuais que conhecemos, onde você deverá alimentá-lo e cuidar para que nada lhe possa fazer mal, podendo regular a temperatura do aquário e até as cores da água. O desafio do título fica por conta da pouca instrução que lhe é dada, fazendo de uma ação desconhecida uma tentativa.
    Apesar de ser uma idéia maluca, há o já citado ponto positivo: Seaman fala, e você pode dialogar com ele. Ele possui outrora o humor de um inconstante e rebelde adolescente, conhecimento de um adulto sobre trivia randômica e a curiosidade de uma jovem criança. Alguns destes diálogos são corriqueiros e outros sobre temas variados, como datas de aniversário. Por outro lado, algumas perguntas ou respostas são computadas erroneamente pelo jogo, dando respostas  sem sentido ou engraçadas. A inteligência artificial dos diálogos é satisfatória, apesar de que ele não possua todas as respostas para todas as perguntas – e isso é inalcançável.
    Os controles são satisfatórios, já que não há muito que movimentar durante o jogo - a não ser sua mandíbula e suas cordas vocais. O visual de Seaman é razoável para o Dreamcast e para a época. A única coisa a reclamar é a textura da areia, que poderia ser bem melhor.
    O som é excelente, um ponto fortíssimo no jogo. A narração do jogo é feita por Leonard Nimoy, conhecido por seu papel na série de sucesso “Jornada nas Estrelas”, como o personagem “Spock”, o mais conhecido destes. Já a voz de Seaman é feita por Jeff Kramer, uma constante na dublagem de jogos de videogame, dotado de um simpático timbre vocal e de um sotaque inigualável. O som da água do aquário é excelente. Não me recordo de ter escutado música, mas não faz diferença quando o foco são as vozes.
    Seaman é um bom jogo. Há títulos bastante superiores nesta mesma plataforma, mas, neste gênero, este aqui é praticamente imbatível. Conversar com o personagem pode parecer bem bizarro, mas é uma grande experiência. Convenhamos, se o diálogo não existisse neste game, ele seria um ordinário jogo de aquarismo com um peixe com feições humanas, seria mais bizarro ainda e teria uma nota bastante inferior. Vale lembrar que o título fica bem repetitivo depois de um tempo. Mas, se você gosta de peixes, uma boa conversa e quer treinar seu inglês, adote este bom título.
    O discurso de Seaman sobre o uso da internet no começo do artigo foi feito em 1999, isso quando esta ainda estava em crescimento. É adorável como a equipe soube prever algo que sofremos hoje. “Eu o avisei”, disse ele.

É um vídeo que Seaman usa do seu sarcasmo para conversar com outro sarcástico...
Porque vale a pena: Os diálogos são interessantes,
Porque não vale a pena: Parece ficar chato depois de alguns dias e o reconhecimento de voz falha no mais perfeito inglês.

Notas:
Controles: 10 (não tem uso, portanto...)
Gráficos: 9,0
Som: 10
Idéia: 8,0
Diversão: 9,0

Nota final: 9,2 (excelente)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Super Mario Bros. (NES) - 9,9

    As principais franquias de mascotes nos videogames passam por um período total de renovação. As séries Sonic e Mario estão passando por um período de retorno as suas origens, com o ouriço da SEGA reaproveitando idéias antigas em Sonic Generations e o encanador da Nintendo com Super Mario 3DS, baseado em um conceito de Super Mario Bros. 3. As vezes, o passado é a melhor solução para o que está em processo de estagnação.
    Em Super Mario Bros., você controla Mario ou Luigi em uma aventura por vários mundos, transpondo inimigos de maneira a resgatar a Princesa Peach das mãos de Bowser. No final das contas, sempre a princesa está em outro castelo, exceto no último, claro. O jogo segue um estilo bastante linear e pode ficar bastante enjoativo depois de algumas vezes zerado. Mas, isso não é nada para um autêntico fã de plataformas.
    Nos primeiros minutos, nota-se que os gráficos não são tão bons quanto poderíamos esperar. Podemos notar problemas similares gráficos em Zelda II, revisto em 14 de Maio de 2011, em que o desenho de ambos os protagonistas está resumido em alguns pixels com poucas cores. Mas, o desenho dos cenários é belo e agradável para o NES.
    O controle é bom e suave, permitindo uma reação rápida do jogador caso precise. Outro detalhe importante é a possibilidade de escorregar enquanto corre e altera-se a direção, fazendo a física muito real. Por outro lado, há de reclamar dos botões do título, não demérito do Super Mario Bros., mas do controle do console, já que o botão para atirar Fire Balls é o mesmo para correr.
    A trilha sonora é uma das principais do Nintendo Entertainment System. O aboveground BGM, composta pelo japonês Koji Kondo, é a mais popular do console e talvez daquela década. Seu sucesso é tamanho que ela é constantemente regravada nos mais recentes edições da série. Algo semelhante aconteceu com o som das moedas, dos saltos e de alguns inimigos, sendo que apenas o último é tocado até hoje na série.
    Em linhas gerais, Super Mario Bros. é um jogo para distrair a todos os fãs do velho gênero plataforma. Se você é um admirador da série Mario, da Nintendo, do gênero ou pertenceu a época, vale totalmente a pena testar este título. É o melhor da série 8-bit, e é referência no NES.
    Mas “a princesa está em outro castelo” passa a ser irritante depois de alguns níveis...

Porque vale a pena: É um divertido jogo, com excelente controle e uma ótima trilha sonora.
Porque não vale a pena: Os gráficos não são excelentes.

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 9,5
Som: 10
Idéia: 10
Diversão: 10

Nota final: 9,9 (considere sua missão completa...)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Perfect Dark (N64) - 10,0

    Raramente jogos de videogame alcançam patamares de perfeitos. Nomes como Goldeneye 007, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Max Payne 2: The Fall of Max Payne, Super Mario 64, H.E.R.O. e Sonic the Hedgehog são alguns dos poucos nomes cabíveis a esta alcunha. Estes possuem pouquíssimas falhas no motor de jogo, gráficos e na própria história. São aqueles títulos que nunca ficarão ultrapassados, independentemente da idade que eles tenham.
    Perfect Dark conta as missões em que a agente Joanna Dark faz parte. Apesar de ser uma personagem feminina, portanto aparentemente fraca e frágil, Jo, como chamada no jogo, possui um excelentíssimo desempenho em suas missões, sendo alcunhada por seus colegas de trabalho de “Perfect Dark”. O enredo é muito interessante, colocando o jogador em grandes situações, como defender a integridade do presidente ou invadir uma corporação inimiga sem ser vista. A cada missão, novos e inesperados eventos acontecem, mantendo o interesse do jogador no título.
    Curiosamente, o jogo se renova a cada fase. Na missão seguinte, geralmente, o jogador poderá encontrar uma arma ou um gadget diferente, e encarar diferentes tipos de inimigos. Além do mais, vale destacar que após cada fase os inimigos vão ficam mais ágeis e inteligentes, portanto mais perigosos, independentemente da dificuldade.
    O jogador que conhece os grandes títulos do Nintendo 64 perceberá, nos primeiros minutos após jogar este game, que ele é bastante similar ao sucesso Goldeneye 007, lançado alguns anos antes. De fato, a empresa é a mesma, Rare Ltd., e o motor de jogo são bem similares ao do título de Bond, porém com algumas alterações. A prova disso é que algumas armas do jogo do espião encontram-se no cartucho final, porém somente acessíveis por códigos (confira o GPR Underground para mais detalhes).
    Além de um gráfico muito mais vívido e polido, as armas são carregadas diante da visão da câmera, ao contrário do seu “antecessor espiritual (título que não continua a história de outro jogo, mas possui seu motor de jogo)”, que simplesmente colocava a arma abaixo do campo de visão simulando o carregamento. O desenho dos rostos pouco mudou, ficando um tanto mais belos. As armas são belíssimas e os cenários são incrivelmente desenhados.
    Os controles são idênticos aos de Goldeneye 007, não há adições. Com o chamado botão Z do joystick, o jogo efetua os disparos enquanto movimenta sua personagem com o analógico e os direcionais. Tudo muito simples e tranqüilo. A falta sentida é a carência do chamado “cover”, ou seja, se cobrir em uma parede para atirar em um adversário. Se bem que isso é uma carência de qualquer FPS, seja antigo ou atual.
    O som é incrível. As armas emitem sons únicos e belíssimos, e as vozes são ótimas, seja de Joanna (com seu sotaque quase-britânico), o chefe da equipe Carrington, do presidente ou do computador Dr. Caroll. A trilha sonora não é das melhores, mas, pelo grande trabalho feito nos sons dos tiros e da dublagem, não vale a pena sacrificar a nota por causa disso.
    Perfect Dark é um jogo sem igual. O seu visual realista, extremamente superior a qualquer título do rival Playstation, sua história interessante, seu motor de jogo perfeito e sua qualidade sonora tornam deste título uma joia inigualável que coube em apenas 32MB de espaço (enquanto alguns tinham 700MB disponíveis e faziam cada coisa...). Se você gosta muito de Goldeneye, jogos de ação ou qualquer FPS, esta é a melhor opção. Está disponível, com gráfico ainda melhores, no Xbox Live Arcade. O primeiro jogo a tirar 10 na nota final!




Porque vale a pena: Como o título diz, é “Perfect”, do começo ao fim.
Porque não vale a pena: É uma pena que a série não tenha decolado...

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 10
Som: 10
Enredo: 10
Diversão: 10

Nota final: 10,0 (perfeito!)

domingo, 22 de maio de 2011

International Track & Field 2000 (N64) – 9,9

    Recentemente, o Brasil conseguiu o direito de sediar os Jogos Olímpicos em 2016, na cidade do Rio de Janeiro. Apesar da grandiosa expectativa, o País não é uma potência nos esportes da disputa, como por exemplo, o futebol, vencedor de cinco Copas do Mundo e nunca conseguiu uma medalha de ouro.
    International Track & Field 2000 é um dos principais jogos de atletismo da história dos videogames. Neste título, o jogador poderá participar dos esportes do torneio oficial, como cem metros rasos, tiro ao alvo, arremesso de martelo, ginástica olímpica, entre outros. É uma grande lista de modalidades.
    A principio, podemos elogiar sua grande qualidade visual, que supera os gráficos da versão para o Playstation. As animações dos atletas são feitos a partir da técnica Motion Capture, que consiste em capturar a movimentação de atores reais, aumentando a fidelidade com a realidade. Os rostos são bem feitos e os locais em que ocorrem as disputas são similares aos que vimos nas Olimpiadas de Sydney.
    Os controles variam conforme o esporte e retratam a dificuldade da modalidade. Antes de participar da competição pelo ouro, o jogador poderá assistir um vídeo que explicará precisamente os comandos que deverão ser apertados. São práticos e muito fáceis de entender.
    O som é perfeito, incluindo a torcida acompanhando o atleta na modalidade, após uma conquista ou uma derrota inesperada. Outro destaque fica para o som dos passos de um atleta ou do som da água nas piscinas. Os locutores do estádio foram escolhidos a dedo, muito similares aos escutados nos estádios de verdade. Falam exatamente o tempo ou a pontuação obtida. A atmosfera é perfeita.
    Em resumo, ITF 2000 é um grandessíssimo título produzido pela KONAMI, simplesmente o melhor jogo de atletismo da história dos videogames. É difícil encontrar glitches ou bugs que prejudiquem a experiência. Nada há de errado neste título. Se você aguarda ansiosamente pelas Olimpíadas de Londres no ano que vem ou gostar de títulos de atletismo, vale muito a pena testar este título.
Porque vale a pena: Tudo é perfeito!
Porque não vale a pena: Faltou mais países e uma licença

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 10
Som: 10
Licenças: 9,5
Diversão: 10

Nota final: 9,9 (it hit the crossbar!!!)

sábado, 21 de maio de 2011

World Cup Italia '90 (SMS) - 9,5

    Na Copa do Mundo de 1990 realizada na Itália não traz boas lembranças ao torcedor brasileiro. A equipe foi desclassificada nas oitavas de final diante da rival Argentina, com gol de Claudio Caniggia, aos 35 minutos do segundo tempo – equipe qual chegou na final do torneio, perdendo para a Alemanha Ocidental por um a zero, gol marcado por Andreas Brehme. A anfitriã Itália conseguiu um satisfatório terceiro lugar diante da Inglaterra, com um sofrido dois a um.
    Curiosamente, esta foi a única Copa do Mundo que recebeu três versões para videogame. Vamos tratar agora da versão mais popular, lançada para Master System no ano do torneio, que retratava o torneio de maneira bastante fiel aliado a grande qualidade gráfica do título.
    Em World Cup Italia ’90, o jogador pode escolher uma das trinta Seleções disponíveis para realizar uma partida amistosa, uma disputa de pênaltis ou fazer parte de uma Copa do Mundo. Cada time possui suas habilidades, escaladas de um a cinco com relação a ataque, defesa, velocidade e chute, entre outros.
    Os controles são bem difíceis no começo, e marcar gols com sua seleção favorita não é algo simples. O jogo é rápido e exige muitos passes, mas, depois que o jogador descobre e se aperfeiçoa nisso, começará a aproveitar o que há de melhor no jogo.
    Um fator interessante fica para as cobranças de pênalti, talvez uma das melhores experiências para defender um pênalti na história dos videogames. O goleiro pode acertar o canto, mas vai depender da velocidade da bola e dele mesmo, da habilidade e de sua sorte. O cobrador tem a função mais fácil: basta acertar a bola e enganar o goleiro. Caso tenha muitas dificuldades ao jogar este título, gaste muito tempo nas cobranças e perceberá a qualidade delas. Simplesmente perfeitos.
     A torcida está bem retratada aqui. Ela empolga muito após um gol ou uma defesa de pênalti, transmitindo com fidelidade a atmosfera de um estádio de futebol. Apesar da baixa qualidade do hardware de som do Master System, é bem suficiente. No entanto, as músicas tocadas ao longo do jogo irritam um pouco – salvo o menu que possui temas marcantes.
    O visual é ótimo. Com sua visão “bird’s eye view”, fica claro o posicionamento de seus colegas de equipe e o espaço que se tem para percorrer com a bola nos pés ou após um passe. Observar o que se passa e como deve armar o jogo custa um pouco a ser aprendido, como dito, o jogo é bem rápido, mas, pouco a pouco, o jogador passa a ver isso bem melhor.
     World Cup Italia ’90 é um dos melhores jogos de futebol da década de 90 e ainda tem muitos argumentos para ainda compor esta lista, hoje preenchida pelas séries PES e FIFA. A emoção é grande, o jogo é pegado como uma partida de futebol com grande rivalidade, as cobranças de pênaltis retratam o que ocorre nos gramados e a atmosfera é perfeita. Vale muitíssimo a pena testar este título. Se é um fã de futebol, você adorará este título.

Acompanhe nosso vídeo de gameplay em HD!
Porque vale a pena: As cobranças de pênaltis e a atmosfera são perfeitos.
Porque não vale a pena: Os controles desanimam no começo.

Notas:
Controles: 8,5
Gráficos: 9,5
Som: 9,5
Licenças: 10
Diversão: 10

Nota final: 9,5 (excelente)

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