quinta-feira, 26 de maio de 2011

A View to a Kill (Amstrad CPC) – 8,2

    Roger Moore interpretava mais uma vez o espião inglês James Bond nos cinemas, no filme 007 A View to a Kill, chamado de 007 Na Mira dos Assassinos, no Brasil, e 007 – Alvo em Movimento, em Portugal. Neste filme, Bond deveria investigar Max Zorin e sua indústria de mercado de microchips – que para a época não tinham nada de micro – e deter os planos mal-intencionados dele. O jogo recebeu duas versões para videogames. Revisaremos as duas, portanto, vamos analisar primeiro a versão para Commodore 64, MSX, Amstrad CPC e ZX Spectrum.
    No jogo, você controla Bond em três missões diferentes. Na primeira, o protagonista controla um táxi de maneira a seguir May Day, que pulou de pára-quedas da Torre Eiffel. Durante a perseguição, o jogador deve evitar os policiais ou devolver fogo a eles - algo raro da série. Na segunda, você deve ajudar uma mulher a escapar de um prédio em chamas, onde você deverá recolher objetos e chaves para abrir portas e prosseguir com a fuga. No último, ele estará em uma caverna, de maneira a evitar que Zorin exploda a bomba que ali se encontra. E, além disso, deve resgatar May Day, que está presa em algum lugar.
    Para ser sincero, imagino que ninguém gosta dos jogos de James Bond que ocorreram antes do The Duel para Mega Drive. As missões não empolgam e os gráficos são sempre inferiores do que o console pode proporcionar. Nesta versão, para o nada famoso Amstrad CPC, vemos outra vez um gráfico péssimo e desagradável. Muitas cores onde deveriam ter poucas, e vice-versa. O visual é tão ruim quanto o James Bond 007 para Atari 2600. Não é nenhum exagero, prova disso são os gráficos de Renegade, Gryzor, Batman The Movie, Navy Seals ou Robocop, para este mesmo console.
    Se deixarmos os gráficos de lado, as músicas e os sons são fracos comparados a outros jogos do Amstrad, mas são satisfatórios. Já os controles são satisfatórios e fáceis de usar, o ponto forte do título. Você pode abrir um menu para disparar sua arma para liberar um corda, de maneira a escalar uma parede. Isso é bastante prático e apressam as ações.
    Mas, de nada adiantam menus práticos e rápidos se as missões são fracas. Todas elas são lentas, pedindo que o jogador explore um grande espaço para obter um banal objeto para fazer uma ação pequena. Em Paris, por exemplo, Bond não parece estar perseguindo May Day, mas sim procurando um lugar para estacionar. Antiteticamente, um jogo sobre um filme aclamado por sua ação, com um Bond que não corre e pouco atira. Há pouca diversão.
    A View to a Kill é um jogo ruim da série James Bond. Ele simplesmente não tem o jeito Bond de ação e não segue fielmente a história do filme. Se quiser algo relacionado à “A View to a Kill”, assista o filme ou escute sua trilha sonora. O título para Amstrad CPC consegue ser pior do que a versão para Apple ][, que consiste em um text adventure, revisado aqui. É talvez o pior jogo de Bond. Jogue apenas se for fã da série. Fora isso, não vale a pena.


Porque vale a pena: É James Bond, portanto deve faltar em sua coleção.
Porque não vale a pena: Missões lerdas, gráficos horrendos e pouca diversão.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 7,0
Som: 8,5
Enredo: 8,5
Diversão: 8,0

Nota final: 8,2 (bom)

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