quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resident Evil (PS1) - 8,3

    O som é algo importantíssimo em qualquer parte da nossa vida. Na mídia, ele tem um papel chave. Ao ouvirmos a locução ruim de uma reportagem, ela perde credibilidade, da mesma maneira que uma trilha sonora pode estragar uma cena intensa ou uma péssima dublagem consegue diminuir a qualidade de um personagem.
    Em Resident Evil, um grupo de agentes é enviado para localizar outro grupo que desapareceu enquanto investigavam uma série de assassinatos suspeitos. A equipe começa a ser atacada, e após perder um integrante, acabam por se refugiar em uma mansão de maneira a escapar de criaturas horrendas. No entanto, dentro deste local, o quarteto começa a trilhar seu caminho a sobrevivência, entre zumbis, armadilhas e traições.
    Claramente, pode se notar um gravíssimo problema do jogo (que prejudica a nota deste bom título: o som. Não dublagem, barulhos ou música, em específico. Mas todos estes pontos. Quando escutamos as locuções, é dúbio se elas foram feitas por nativos falantes de inglês. As vozes são ótimas, mas parecem locuções, leituras de roteiros, e não diálogos espontâneos. Barry Burton é o mais engraçado por sua maneira robótica de falar. Apenas Wesker aparenta conversar normalmente.
    Outro problema está nas frases. Exposição do óbvio, frases pastelões e ainda dubladores que não fazem o papel corretamente destroem o enredo. Após escutar Barry falar que “é uma arma… é realmente poderosa, especialmente contra coisas vivas” (é para isso mesmo que ela foi feita) e que “você se tornaria um sanduíche de Jill” derrubam a seriedade do jogo. Para variar, o que é muito tosco fica engraçado.
    A qualidade do som dos tiros é péssima – algo deficiente em vários títulos da série. Procure qualquer vídeo com um som de uma Berreta 92F no YouTube e compare com o som emitido no jogo. A fidelidade com o que é real passa longe neste aspecto. E para completar os problemas sonoros, a trilha sonora é péssima, com talvez uma das piores músicas dos videogames.
    Mas, o jogo é um clássico e possui muitíssimos pontos positivos. Os cenários na verdade são fotografias de cenários em 3D colocadas de maneira a dar esta impressão. As texturas são belíssimas, mas o desenho dos personagens principais poderiam ser melhores.
    O controle não é o melhor da série, mas continua sendo suficiente para a série. A falta de permitir que você se movimente enquanto atira, algo que não precisa ser nenhum James Bond ou Solid Snake para fazer, daria mais velocidade e faria por onde o personagem não apanhar muito de seus inimigos.
    Levando em conta as deficiências sonoras, Resident Evil continua sendo um thriller dos videogames e é um grandioso título. Entreterá os fãs de filmes de terror e de ação. É o começo de uma interessantíssima série, apesar de não ter mais os aspectos de antigamente. Se você gostar de tomar alguns sustos e atacar coisas estranhas, esta é uma grande opção.



Porque vale a pena: A situação dos personagens é interessante, os gráficos são agradáveis e a atmosfera é perfeita.
Porque não vale a pena: A dublagem é engraçada por ser tão ruim...

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,5
Som: 4,0
História: 9,5
Diversão: 9,5

 
Nota final: 8,3 (bom)

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