quarta-feira, 18 de maio de 2011

Croc 2 (PS1) - 7,4

    “Gráficos não valem nada”. Essa palavra é sempre recitada pelos fãs de videogame antigos, e não está totalmente errada: um jogo com maus gráficos estragam a experiência, mas, jogos dos anos 70 ou 80 continuam sendo divertido, a exemplo de H.E.R.O. do Atari 2600 ou Mario Bros do NES. Mas, os consoles são outro critério de extrema importância.
    Em Croc 2, o herói que dá nome ao jogo retorna de sua vitória diante de Baron Dante, resgatando todos os seus amigos Gobbos. No entanto, um pequeno Gobbo inventor é seqüestrado após presenciar o retorno do vilão. Enquanto isso, Croc encontra na praia uma garrafa com uma mensagem. Era de seus pais, que buscavam para ele. Portanto, o pequeno crocodilo ingressa em uma dupla aventura para encontrar seus pais originais e salvar os seus amigos de Dante outra vez.
    A principio, o título parece ser destinado as crianças que estão iniciando sua experiência nos videogames. No entanto, o que se vê é um jogo com uma dificuldade absurdamente alta, complicado até mesmo para os mais adultos e proficientes jogadores. Isso tudo se deve aos controles que tem uma muito tardia resposta. Outros problemas incluem a impossibilidade de caminhar em linha reta (!), tornando o jogo impossível em espaços estreitos.
    Os únicos momentos em que a diversão é garantida e o jogador poderá desfrutar nativamente das qualidades gráficas, sonoras e por conseqüência se divertir, ocorrem no menu principal, na abertura e no espaço que antecede as missões. Conversar com os Gobbos e participar de suas brincadeiras em troca de produtos é o melhor do jogo.
    As missões em si são mal projetadas e, associada ao controle com uma grotesca latência, a dificuldade absurda e a falta de “perdão” após cometer um erro, muitas das vezes não provocado por você tornam a experiência penosa e irritante. Mas, há aspectos positivos neste jogo, apesar de que estas falhas sejam imperdoáveis.
    A trilha sonora do jogo é excelente, com músicas que encaixam perfeitamente no tema da série. Os sons dos inimigos e das esmeraldas são bons para o tema e a dublagem, apesar de falarem uma língua incompreensível, dão um aspecto infantil no jogo.
    Os personagens são extremamente simpáticos e o visual é bom para a época, a altura para compararmos com Super Mario 64, referência nos jogos de plataforma lançados na década de 90, já que portam visuais similares. O desenho de Croc e de seus cenários são belos e suficientes para a época.
    Mas, nada de visual e som podem desfazer o que está errado em Croc 2. O jogo é uma boa demonstração de uma grande idéia que foi mal. Os controles com lag (esta demora entre o pressionar e a resposta na tela) e a dificuldade impossível estragam o que seria um representante do console na história dos plataformers. Se tiver este jogo, ou gostar de animaizinhos fofos, será necessário que busque as melhores dicas possíveis para este título. Sem elas, não dá.


Porque vale a pena: Os personagens são simpaticíssimos e o som é excelente.
Porque não vale a pena: O controle e a alta dificuldade acabam com o jogo, sendo imperdoável em certos momentos.

Notas:
Controles: 2,0
Gráficos: 9,0
Som: 9,5
História: 9,0
Diversão: 7,5 (a alta dificuldade prejudica o jogo completamente).

Nota final: 7,4 (razoável)

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