sábado, 16 de abril de 2011

Pepsiman (PS1) - 6,0

    Todos nós sabemos que a propaganda é a alma do negócio. Sem ela, ninguém conhece o que você está vendendo. E, somado à eterna febre de video-games, isso pode resultar em duas coisas: os advergames, feitos geralmente em Flash, que se encontra em qualquer propaganda na Internet, ou uma completa catástrofe. Pepsiman é um notável exemplo do último.
     O jogo conta... digamos, esta parte não existe. A história não tem pé, nem cabeça. "Corra, beba Pepsi!" é o que dá para se escrever aqui. Em todas as cutscenes em live-action, você verá um obeso americano consumindo o tal refrigerante. E, em uma troca repentina de visão, o jogador controla um musculoso atleta com vestimentas de heroi, nas cores e moda Pepsi, correndo por ambientes urbanos, seja pegando latas, ou fugindo de uma gigante lata que, subitamente, passa a perseguir o destemido heroi. (Está vendo, faz todo o sentido!)
    Pepsiman (como lançado no Japão) é bastante repetitivo. Corra, pegue latas, pule obstáculos, dê carrinhos desnecessários em pessoas que passam pela rua (a moda Gattuso), e vença. Depois, desafie as Leis de Newton e seja perseguido por uma lata em uma rua plana que nunca perde velocidade, fazendo tudo de novo na missão seguinte. Há picos de heroismo, mas nada que o torne, no mínimo, um Chapolin Colorado
    Os controles são intuitivos e até que amigáveis, mas respondem tardiamente, exigindo tomar uma decisão antes mesmo de ela se apresentar. O visual do jogo é bom, levando em conta o "charme" de uma FMV filmada e gráficos razoáveis, salvo as pessoas que são autênticos "billboards" em 2D. Deste jogo, só podemos ressaltar positivamente a trilha sonora, com o incansável riff "Pepsiman!", que, às vezes, não sai da cabeça. E o pior: o jogo entrete por poucos minutos. Depois, ele se torna mais um da sua coleção.
     O que podemos concluir? O jogo é uma propaganda interativa (duh!). Podemos citar a série de jogos do M&M para o Game Boy Color, que leva em conta os personagens, e não a marca. Este jogo só mostra que, quando se tem dinheiro, nem sempre temos um bom jogo.
     Por fim, se você tem este jogo em sua coleção, com certeza ele será uma propaganda eterna em sua prateleira, mas não por méritos. Se você conseguir este jogo, e se na sua terra ainda for febre o Playstation, tente trocar com alguém. É mais fácil você conseguir alguém que troque este jogo por um Winning Eleven do que jogá-lo por mais de 10 minutos. Ao menos que você adore os mais bizarros jogos da história do Playstation.


Porque vale a pena: loading... Erro! Resposta não encontrada.
Porque não vale a pena: desde o começo até o fim, um clássico esquecível.

Notas:

Controle: 7,0
Gráficos: 9,0
Som: 7,5
História: 1,5 (ela existe, apesar das circunstâncias)
Diversão: 5,0 (deve haver algum pirado que goste)

Nota final: 6,0 (regular)

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