sábado, 30 de abril de 2011

H.E.R.O. (Atari 2600) - 9,3

     Pelo minúsculo tamanho dos cartuchos de Atari 2600, que abrigavam apenas 2KB, a possibilidade de se criar jogos de qualidade era muito limitada. No entanto, houve grandes títulos para o console, como Pitfall, Xenophobe e Dragonstomper. Mas, H.E.R.O. é um dos poucos jogos que sempre está nítido na retina de seus jogadores e fanáticos.
     Este jogo consiste em controlar um membro da H.E.R.O. chamado Roderick Hero, que deve transpor um “labirinto” com inimigos, de maneira a resgatar pessoas nestes inóspitos locais. A favor do jogador apenas um laser no capacete, para eliminar inimigos, e um limitado número de bombas, para derrubar paredes. Por mais que a idéia do jogo seja bem simples, temos aqui um grande exemplo de criatividade em desenho de níveis, com muitas armadilhas que surpreendem o jogador desprevenido.
     Controlar o herói é simples e não exige muito do jogador – é claro que no joystick do Atari 2600 a experiência pode ficar mais difícil. O visual do jogo é simples, e considerando as limitações do console, ele é aceitável, e até que belo. O gráfico é outrora inteligível: a parede de cor sobressalente deve ser explodida, já aquela que pisca deve ser evitada. E a troca de paleta de cores ao longo das missões parece renovar o visual, um fator bastante curioso.
      Uma característica visual chamativa é a capacidade de a iluminação reduzir em certas partes do percurso, aumentando, assim, o suspense do jogo – algo que, imagino eu, era raríssimo nos tempos do avô dos videogames. O som do jogo é bom, principalmente as explosões e o som da hélice em funcionamento. A dificuldade está na medida, sem prejudicar a diversão por ser muito fácil, nem por ser difícil.
       Em linhas gerais, H.E.R.O. é um grande jogo. Tenho certeza absoluta de que este título pertenceu ao passado de milhares de pessoas, e por certo virá a entreter aquele fã de jogos de aventura e plataforma, seja de qualquer geração for. É um clássico, portanto, eterno.


Porque vale a pena: Uma dificuldade divertida, que, ao perder todas as vidas, dá a vontade de fazer de novo e ir mais longe.
Porque não vale a pena: Depois de muito tempo torna-se repetitivo.

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,0
Som: 8,5
Ideia: 10
Diversão: 10

Nota Final: 9,3 (excelente)

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