quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Perfect Dark (GBC) - 8,7



    Após revolucionar o Nintendo 64 e os gêneros de platformers, com Banjo-Kazooie, Conker’s Bad Fur Day e Donkey Kong 64, e de FPS, com Goldeneye e Perfect Dark, a Rareware portou um de seus hits para o Game Boy Color. O título foi a franquia Perfect Dark. O resultado não foi diferente: eles ousaram e revolucionaram outra vez, apesar de que o fez com menos brilho.
    Todos nós sabemos das limitações do portátil da Nintendo. A maior capacidade de um cartucho deste console era apenas 4MB, a mesma deste título, algo bastante inferior se compararmos com os 32MB gastos para as missões de Joanna Dark no Nintendo 64. Sem contar a ausência de um processador 3D, e ter a presença da limitadora “paleta de cores”, presentes nos consoles clássicos. Não é de se esperar muito.
    Um bom exemplo disso é The World is Not Enough, título produzido pela Electronic Arts, tido como bom pela crítica em suas versões para Nintendo 64 e Playstation, teve uma versão maçante para o portátil. Apesar de que a Rareware já tinha feito um incrível trabalho portando Donkey Kong Country, visto como o melhor visual para o Super Nintendo, para o GBC, sem muita diferença gráfica, mas era difícil de acreditar que a empresa repetiria o feito, ainda mais com um título em 3D.
    Perfect Dark para GBC, apesar de usar o mesmo título da versão do Nintendo 64, não é um port, por mais que apresente a mesma idéia, foi lançada três meses depois. A história se passa um ano antes da versão para N64, onde Joanna Dark estava fazendo testes para ingressar no Carrington Institute. Neste período, o jogador controla a aprendiz no treinamento da agente. Após passar o teste, Jo é enviada a sua primeira missão, muitas destas fazem “sala” para a versão do N64.
    O ângulo de visão padrão é o chamado “birds-eye view”, ou “visão de pássaro”, onde a câmera se posiciona no ponto superior. No entanto, durante o jogo, o ângulo varia muito, mudando para primeira pessoa durante os testes de tiro ao alvo ou quando faz a função de um francoatirador, visualizando os inimigos a partir da mira telescópica, e também com a câmera fixa nas costas para derrotar os chefões.
    É claro que detalhes específicos serão tratados mais adiante, mas é impressionante a qualidade sonora do título. O título conta até com dublagem – pasmem, dublagem no Game Boy Color – e sons de arma realistas. Outro ponto a ser elogiado é a atmosfera, que traz a sensação de estar em uma missão arriscada. Sem contar a propaganda do jogo, uma das mais criativas e bem feitas sobre o GBC (veja aqui).

Controle: 8,5
Apesar de parecer simples no começo, pressionando B para atirar nos adversários e A para carregar quando a munição acaba, os controles vão ficando progressivamente mais dificultosos. Em chefes, os esquemas de botões invertem completamente, ficando até desconfortáveis para jogar.

Gráficos: 8,0
Diferentemente da versão para Nintendo 64, Perfect Dark não apresenta visuais esplendorosos. Apesar dos corpos serem bem detalhados quando analisados de perto para recolher balas, por exemplo, vemos cenários repetitivos e os rostos dos protagonistas terrivelmente desenhados. No entanto, vale destacar o sangue quando um adversário é alvejado e a qualidade da direção de algumas cutscenes.

Som: 9,0
Surpreendentemente, este jogo de Game Boy Color tem dublagem e sons de armas gravados. No entanto, o som é muito baixo, e para entender diálogos, terá que ler ou colocar seu ouvido dentro do portátil. E, para piorar, o som das músicas e do rádio cai “como uma bomba” nos ouvidos. É excelente, mas a Rare poderia ter projetado melhor isso.

História: 9,0
Como já dito, a história se passa um ano antes da versão para Nintendo 64, e mostra a bela Joanna Dark nos seus primeiros dias do Instituto Carrington.

Diversão: 9,0
A diversão, obviamente, não é igual aquela vista no Nintendo 64. Mas pode entreter por certo, tanto pela qualidade visual quando pela fluência de jogo. O título exige um pouco do jogador, mas nada que algumas horas de prática não o faça.

Nota Final: 8,7 (bom)
Pode até parecer pouco comparado aos outros dois jogos da série (sim, considero Perfect Dark Zero do Xbox 360 um bom jogo), mas este jogo é tremendo, e recomendado para todos os verdadeiros fãs da efêmera série e de bons jogos da ação.

Porque vale a pena: Grande história e jogo, com momentos intensos, difíceis de acreditar que são de um Game Boy Color.
Porque não vale a pena: O som dos diálogos e das armas é baixíssimo, mas as músicas caem como uma bomba no seu ouvido.

Ficha Técnica:
Nome: Perfect Dark
Empresa: Rareware (ING)
Publicadora: Rareware (ING)
Gênero: Ação
Plataformas: Game Boy Color

sábado, 30 de julho de 2011

GPR voltará... em breve!

    Game Palace Reviews não morreu! Apenas entrou na nave interplanetária de Elvis (Perfect Dark) e foi dar um passeio pela galáxia. Pretendemos voltar no final deste mês, muito diferente do que éramos. 20 de Agosto é uma boa data.
     Uma das mudanças será o fim dos reviews diários. O tempo não é muito na vida da equipe GPR, prova disso foram as análises feitas desesperadamente no final de Junho. Isso deve ser um hobbie, e não uma escravidão. Traremos análises mais dinâmicas e inteligentes.
     Algo que também faremos é a revisão de algumas notas. Estivemos observando sites de jogos grandes como IGN e GameSpot, e percebemos quão errada eram as nossas notas. Talvez porque as escolas pressionam seus alunos a conseguir mais que oito de média, não sei, mas vimos que jogos com nota sete eram bem vistos. Estaremos alterando as notas e atualizando os vídeos, alguns não existem mais. (Então, se seu jogo favorito tirou sete ou oito, não fique bravo! Ele foi considerado bom!)
    E por fim, faremos a fusão de todos os GPRs neste aqui. Traremos informações sobre jogos que foram parar nas geladeiras das empresas, itens não usados nos games favoritos, melhores trilhas dos consoles, paródias do YouTube e muito mais.
    Como diria o Mestre Sílvio Santos: “Aguardem...”

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Achados do YouTube: Morshu como Scatman John

    Morshu é um personagem do jogo Link: The Faces of Evil, um spin-off da série Legend of Zelda, lançado pela Philips Interactive Media para o fraco CD-i. Este senhor, proprietário de uma loja que vende óleo, cordas e bombas, fala por apenas 20 segundos, no entanto, isso não fez com que seu sucesso fosse barrado no YouTube, sendo alvo dos conhecidos Poops, montagens em vídeo que dão outro sentido na história. Ele é conhecido por fazer “mmmmm”, alvo de muitos remixes.
    Neste vídeo, Morshu está recriando a obra-prima do cantor Scatman John, “I’m a Scatman!”, uma das melhores já feitas.


    Scatman John foi um cantor gago americano, que, conforme o próprio “fez do seu maior problema o seu melhor atributo”, fazendo músicas a partir do seu gaguejar. Esta é a música original do cantor. Faça uma comparação e perceba que até Morshu parece falar as frases exatamente da letra.

World Cup ‘94 USA (SMS) – 9,0

    World Cup ’94 USA é um jogo para Master System, Game Gear, Mega Drive / Genesis, SEGA CD, Super Nintendo, Game Boy e DOS, baseado no torneio Copa do Mundo 1994, realizada nos Estados Unidos, onde o Brasil conquistou seu tetracampeonato para cima da seleção italiana, nos pênaltis, graças a falhas de Franco Baresi, Danielle Massaro, Roberto Baggio e as mãos do grande goleiro brasileiro Taffarel.
    A possibilidade de simular uma Copa do Mundo ao seu modo, com os times que bem desejar. O campeonato está bem simulado neste jogo, permitindo detalhes como jogadas de linhas de fundo até mesmo nas simulações. O visual é ótimo, um dos melhores de futebol para o Master System.
    O som é de boa qualidade para o Master System, com destaque para o som da bola tocando no pé dos jogadores, do apito do juiz e da torcida, que, no entanto, poderia ovacionar em outros casos além do momento do gol e dos lances próximos a meta. A trilha do menu é regular, apesar de sempre deixar lembranças.
    O controle é a velha história sobre os simuladores de futebol antes da era 3D: a dificuldade de controlar os jogadores sobre a bola e de interceptar os adversários na defesa – sendo que, a melhor defesa é torcer para o goleiro agarrar – faz deste título praticamente um desafio, até mesmo para os mais experientes nos simuladores clássicos.
    World Cup 94 USA é um bom jogo, apesar dos problemas de controle. Este título, em minha opinião, não é melhor que o jogo da edição anterior, World Cup Italia ’90. Se você é um fã de futebol, principalmente destes simuladores clássicos e está com a vontade de ganhar da Itália pela segunda vez, esta é a sua oportunidade.

Porque vale a pena: Áudio e as possibilidades de simulação bem feitas.
Porque não vale a pena: O controle desanima muito.

Ficha Técnica:
Nome: World Cup ’94 USA
Empresa: U.S. Gold (UK)
Gênero: Futebol
Plataformas: Master System, Game Gear, Mega Drive / Genesis, SEGA CD, Super Nintendo, Game Boy e DOS
Data de Lançamento: 1994
Classificação: E (livre)

Notas:
Controles: 8,0
Gráficos: 9,5
Som: 9,5
História: 9,0
Diversão: 9,0

Nota final: 9,0 (excelente)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

The Legend of Zelda: Link’s Awakening DX (GBC) – 9,8

    The Legend of Zelda: Link’s Awakening DX é um jogo para Game Boy Color, produzida pela Nintendo e lançada em 1998, baseado na versão monocromática do jogo para o primeiro Game Boy, lançada em 1993. Uma direta sequência de A Link to the Past, o jogo conta a busca de Link para retornar a sua casa, após ter sido levado para outro mundo.
    O visual é belo e bem trabalhado, sendo um dos melhores visuais do portátil até então. Obviamente, por possuir cores, é superior a versão para o Game Boy. A sprite de Link relembra muito sua forma para o NES, bem como os inimigos e os objetos. Devo destacar os cenários, vívidos e bem detalhados para o portátil, bastante surpreendentes.
    O som é ótimo. A música de abertura tornou-se praticamente um hino para a série Zelda e está perfeitamente representada, bem como as outras trilhas tocadas ao longo do jogo, dando uma atmosfera totalmente correspondente a ação. Os sons são também outra herança da série, ambos de grande qualidade.
    O controle é tão bom quanto A Link to the Past, mas com incrementos positivos com relação a uso de escudo e a interatividade com o ambiente. Como dissemos nos outros reviews da série, o gameplay é ótimo e fácil, simples o suficiente para os principais, e pode tornar-se desafiador até mesmo para os mais experientes jogadores.
    The Legend of Zelda: Link’s Awakening DX é um excelentíssimo jogo, um dos melhores da série e candidato sério para ser um dos melhores do Game Boy Color. Se você gosta da série e de jogos estilo RPG, é um título totalmente recomendado.

Porque vale a pena: Controle e gráficos incríveis, além de um enredo bastante diferente do que já foi visto.
Porque não vale a pena: ...falta de simpatia com RPG. Sei lá.

Ficha Técnica:
Nome: The Legend of Zelda: Link’s Awakening DX
Empresa: Nintendo (JAP)
Gênero: Ação-aventura
Plataformas: Game Boy, Game Boy Color e Nintendo 3DS
Data de Lançamento: 01 de Dezembro de 1998
Classificação: E (livre)
Vendas: 2.219.778 unidades vendidas

Notas:
Controles: 10
Gráficos: 10
Som: 10
História: 9,5
Diversão: 9,5

Nota final: 9,8 (excelente)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Zelda: The Wand of Gamelon (CD-i) – 8,1


    Na terceira e última parte de nossa terrível aventura pelos jogos lançados para o CD-i da série The Legend of Zelda, ou melhor, Os Desastres de Zelda, vamos analisar o título Link: The Wand of Gamelon. Neste jogo, a Princesa Zelda e a Bruxa do 71, digo, Impa, devem trazer de volta para casa o Rei e Link, que foram em uma aventura e acabam caindo em maus lençóis. E a culpa é de quem? Ganon, para variar.
    O que se vê é um mais do mesmo do jogo anterior, Link: The Faces of Evil. Consiste em um side-scrolling onde o jogador encontrará inimigos e objetos, com aquele visual um tanto borrado e de não tão boa qualidade. As animações seguem sendo alvo de piadas pelo Youtube Poop, pelas animações com muito clichê.
    O controle é terrível. Para acessar o inventário, o jogador deve se agachar e pressionar B, não permitindo algo muito dinâmico e de fácil acesso, afinal de contas, é um jogo de ação e não uma partida de pôquer com tempo ilimitado. Bater nos inimigos melhorou um pouco, mas ainda há um lag gigante do pressionar para a ação.
    O som melhorou um pouco, apesar de ainda sentir que seguem parecendo sons das velhas bibliotecas de áudio dos anos 90. A dublagem é praticamente a mesma, dando uma continuidade tanto ao jogo anterior como no humor não-intencional dos artistas.
    Se você gosta de Legend of Zelda, é um título digerível da série, apesar de ainda manter muitos erros do jogo anterior como gráficos fracos, controle de pouca resposta e as animações de baixa qualidade. O que é bastante ruim por parte da Philips é que, em dois dos três jogos da série, Link está na pior, parecendo que ele é um fracassado. Teste apenas se for fã da série, nada mais.


Porque vale a pena: Lembra mais Zelda II do NES do que os outros dois.
Porque não vale a pena: Gráfico ruim e terrível controle

Ficha Técnica:
Nome: Zelda: The Wand of Gamelon
Empresa: Animation Magic (EUA)
Distribuidora: Philips Interactive
Gênero: Ação-Aventura
Plataformas: Philips CD-i
Data de Lançamento: 10 de Outubro de 1993
Classificação: E (livre)
Vendas: ???

Notas:
Controles: 8,5
Gráficos: 8,5
Som: 8,5
História: 7,0
Diversão: 8,0

Nota final: 8,1 (bom)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Resident Evil 3 (PS1) - 9,0


    Resident Evil 3 é um jogo de terror produzido pela CAPCOM no ano de 1999 para Playstation e Computador, portado para Dreamcast, GameCube e Windows XP. O título conta a história de Jill Valentin, uma antiga integrante da equipe STARS, na sua tentativa de escapar da sempre infestada de zumbis Raccoon City – já pensaram em mudar de nome?
   O jogo foi um sucesso instantâneo, já que na primeira semana após o lançamento, já havia vendido quase um milhão e meio de cópias. O visual está melhor do que Resident Evil 2, edição anterior da série, com os personagens e zumbis com mais polígonos, tornando-os mais nítidos. O cenário continua bem feito, como na versão anterior.
  O controle continua igual a versão anterior, mas vale destacar novamente a falta de inteligência artificial na mira deste jogo. Você não precisa estar de frente para um inimigo para mirar nele. Se você está a dois passos dele, bem a sua esquerda, é óbvio que você sacará a arma na sua direção, mas aqui, o jogador precisa apontar e virar ou fazer praticamente a baliza para olhá-lo de frente.
   RE3 possui trilhas que realmente dão a impressão de um filme de terror, mas, o barulho das armas, principalmente os das pistolas, segue a incomodar. Escutar uma Dostovei do Goldeneye é bem mais realista do que escutar uma Beretta do Resident Evil. Mas, a belíssima metralhadora disponível no começo do jogo realmente é empolgante e satisfatório.
    Em suma, Resident Evil 3 é um excelente jogo e agradará por certo os fãs da série, dos títulos de ação e dos thrillers do cinema. A opção de enfrentar o chefão Nemesis ou não é um grande avanço nos survival-horrors da Capcom, assim como a presença de vários minigames, como Mercenaries, que permanece na série até hoje. Uma obra de arte.


Porque vale a pena: Gráficos ótimos e sensação quase perfeita de um filme de terror.
Porque não vale a pena: Raccoon City, infestada de novo? História já manjada.

Ficha Técnica:
Nome: Resident Evil 3
Empresa: Capcom (JAP)
Gênero: Survival-Horror
Plataformas: Playstation, Windows 9x, Dreamcast, GameCube e Windows XP
Data de Lançamento: 22 de Setembro de 1999
Classificação: M (18 anos)
Vendas: 3.519.648 unidades vendidas

Notas:
Controles: 9,0
Gráficos: 9,5
Som: 8,5
História: 9,0
Diversão: 9,5

Nota final: 9,0 (excelente)

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